terça-feira, 25 de outubro de 2005

A sublime arte de encaroçar o angu, o pirão e o curau ao mesmo tempo

Um dia você acorda mais cedo do que podia, porque dormiu mais tarde do que devia, fazendo uma coisa que não queria.
Toma um banho na correria, entra na lataria, passa na padaria e volta pra moradia.
Veste uma roupa que você mesma avacalharia, abre a garrafa que chia, bebe um café de gia e vai de encontro àquele bando de gente fria, que só te dá alergia.
Passa o dia feito uma ventania, dessas que jogam areia na tia, fica com saudade da cria, se agonia, mas persiste na tirania.
Chega em casa fria, sem nenhuma alegria, vê que entupiram a pia e quer gritar: que idiotia... mas reconhece a velharia.
Num rompante de ousadia, discute poligamia, mas logo vira porfia que a vizinhança noticia.
Tem crise de histeria, esquece a liturgia, grita, chora e se alivia...e matuta se isso podia se explicar pela genealogia. Sabe que influencia, mas nunca sairia, se rebatizaria ou faria cirurgia pra negar a biografia.
Percebe que é só mania de fazer dramaturgia e que bem podia, pra sair da mais-valia, ir morar na Bahia...mas sabe que só poderia ganhando na loteria.
Mas no começo não entendia que era a forma doentia de uma dor que feria, até mesmo dividia: era saudade tardia.
E pra ela num tem terapia, nem mesmo na alopatia!


ps: Antes que vocês queiram me interditar, isso foi só uma lembrança de uma brincadeira de criança! Mas cansa!!! hahaha
Imagine que a gente fazia isso oralmente...rolando de rir, obviamente!!!

ps do ps: Qualquer semelhança com fatos ou pessoas reais não terá sido mera coincidência.