quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Pecezão do meu coração!


Pedro Caetano. Olha que nome lindo...

Ele nasceu logo depois de mim. Temos 1 ano e 8 meses de diferença, apenas.

Ele é virginiano e eu capricorniana, donde se conclui que nos primeiros anos eu tive o dom de atropelar o menino. Ele ficava a maior parte do tempo quieto e eu barulhando. Ele bateu carros, eu namorei bastante. Ele observava e eu opinava. E tivemos todos os pegas normais de irmãos.

Meninos têm aquela fase que eu chamo de “terror e pânico”: ficam compridos, magricelos, dentuços, o nariz incha... e nós demoramos muito pra desenvolver olho clínico, sabe come?
Enquanto isso, nós estamos nos tornando as gostosas que tiram o sono e permeiam os sonhos dos pobrezinhos, o que tornavam as amizades dele inviáveis de levar pra casa.

Hoje, ele é um morenão que deixa mais da metade das minhas amigas sem ar e a outra metade arrependida de não ter fisgado o bichim antes. Demorô, é só o que eu digo.

Olhando de longe é isso que se vê. Mas perde quem não chega perto, de verdade, pra olhar naquele olho negro e ver toda a beleza que a doçura pode produzir. Ele é capaz dos gestos mais nobres. Ele é verdadeiro, original, profundo, divertido, amoroso, fiel, justo, culto, inteligente, afiado, ético. É um paizão de babar. Pau pra toda obra, companheirão.

A gente demorou um pouco pra se entender, por bestices, adolescência mútua, divergências diversas, mas não havia nada concreto assim...eram simulações de vôo, talvez.

De repente, eu acordei e vi que tinha um irmão, no sentido mais completo que pode haver. E, desde então, eu agradeço comovida, celebro e sei dar por isso como uma dádiva.
É isso, PC, que você é pra mim, meu amor, uma dádiva!

Que os seus 33 sejam inacreditáaaaaveis, fantásticos, soberbos, um luxo só!

Montes de beijos mais do que agradecidos da sua irmã que te ama muito.

Pra ver mais de perto

Foto: Pedro

Recebi tarefa de Mani e como não sou doida nem nada e adooooro essa coisa de listar, cumpro com prazer. O desafio é falar seis coisinhas sobre mim, pra ela poder me ver mais de perto, como numa macro (olha a foto ai) e escolher mais seis pessoas, sobre as quais eu tenha alguma curiosidade, para entrar na roda. Cabalisticamente, como bem disse dona Mani. Seis, seis...compreende?

Pois lá vai:

1 – Eu consigo ser orgulhosa, auto-suficiente, controladora, superprotetora, mandona, exigente e manteiga derretida ao mesmo tempo. Posso urrar ou sussurrar, brigar ou alisar, morder ou beijar, rir ou chorar, concomitantemente. Alguns chamam isso de personalidade múltipla , multi-plataforma, DDA ou histeria. Chame com quiser. E é aquilo...tem que ter estômago de marujo, beibe, pra entrar nesse barco.

2 – Sempre tive mais amigos homens e sempre tive maior facilidade de lidar com eles do que com elas. Há mais ou menos cinco anos é que fui fazer um grupo de boas e verdadeiras amigas. Confesso que muito baseada no código de conduta masculino (no que diz respeito à fidelidade masculina, coorporativismo, etc). De resto, amo nossas mulherzices!

3 – Quer me ver de cara feia? Me deixe com fome, frio ou sono. Viro uma velha rabugenta de 170 anos, com verruga no nariz, repetindo o mesmo estribilho: “Vamos embora!”. No caso de não ser atendida, instantaneamente desapareço sem deixar rastro. E não fale comigo por uma semana.

4 – Eu queria ser aeromoça quando era pequena. Era meu sonho colorido. Tudo que eu queria era ter um namorado em cada porto, dormir no Brasil e acordar na França... e vejam só o que aconteceu com a empresa dos meus sonhos, né?
Dai, deu no que deu e fui trabalhar pro Governo Federal. Hoje eu vejo que é auto-punição.

5 – Eu sou meio a namoradinha lésbica de mim mesma, como diria Nelson Rodrigues. Não me acho a 9ª maravilha da humanidade, mas vivo muito bem comigo a maior parte do tempo. Talvez a 11ª, vá lá.

6 – Gosto de ler(quase tudo) ouvindo música(quase todas). E se eu estiver lendo pode cair o mundo, você pode falar comigo que eu até respondo, mas não me lembro de absolutamente NADA depois. Viu como é tempo perdido? Então, me deixe nessa hora.

Passo a bola pra três de uma vez: Uh baby crew!
+ Anna V.
+ Marla
+ Elenita



***

Não deixe de visitar o blog do Caio Fernando Abreu, capitaneado pela linda LU!

segunda-feira, 28 de agosto de 2006

Segunda-feira...

Leu o Luciano Huck na Folha de Sunpaulo?
O moço escreve até bem, gente. Leiam lá.

E segundo Blônica Mergamo, as mulheres são mesmo seres de mais bom gosto e mais críticas e mais antenadas e coisa e tal. ó:
"Lula tem 54% dos votos masculinos e 44% dos femininos, conforme o Datafolha."

Pena que isso tenha provocado o seguinte no povo que faz campanha do presidente:
"A campanha de Lula convocou a primeira-dama, Marisa Letícia, para gravar depoimento no programa eleitoral do marido."

Se mantivermos a postura, meninas, essa taxa só tende a cair, porque, cá pra nós...D. Marisa na TV...hum hum....


***

E dizem os economistas norte-americanos e os entendidos brazucas que vem ai uma grave crise econômica nos States...que belesma.
Teve até um lá que chamou a possível crise de estagflação (estagnação econômica associada ao aumento contínuo dos preços). E um outro, proveniente do governo Reagan, disse que pelo andar da carruagem, os EUA vão ser um país de 3º mundo em vinte anos! Que bonito!

Onde é que o governo Lula vai se segurar agora?

Ganha um beijo quem pensou "Nos programas sociais!".

Realmente uma surpresa, hein?



***


Olha o isso!
Millôr, naquela revista desta semana.

Perigo à vista: mulher não deve entrar na jaula do macaco usando macacão.

É tamanho o descaso da cidadania (?) pela eleição atual que só existe uma forma de fazer o cidadão voltar a se interessar pela eleição: dar vinte anos de cadeia ao primeiro colocado.

UMA NOVA CONTRA-REFORMA
A Nova República, quem se lembra?, veio pra reformar, não reformou, portanto temos que ajudar o Lula, que promete reformar tudo no terceiro mandato.

REFORMA CULTURAL
Plano já pronto pra entrar em execução, assim que o Lula conseguir lê-lo. Trata-se de um sincretismo da cultura de elite com a do crioulo doido. Adiada apenas até que o ministro da Cultura possa distinguir entre Mondrian e Chico Caruso e entre Shakespeare e Paulo Coelho.

REFORMA TRIBUTÁRIA
Completamente pronta e detalhada. Adiada por mais alguns meses devido a pequenos erros de revisão e à possibilidade de eliminação de dezesseis zeros nos subtotais.

REFORMA ENERGÉTICA
Os projetos pra aproveitamento da energia solar do Nordeste só foram sustados devido à recente incidência de enchentes nas regiões em que se ia aproveitar o sol como energia eólia.

REFORMA AGRÁRIA
Em curso, aqui e ali, prejudicada por divergência entre o ministro da área e o porta-voz do Planalto para distinguir entre Genaro Hermano e gênero humano. A tentativa de privatização desapropriação de Londrina, há alguns anos, deixou os paranaenses com a pulga entre as pernas e o rabo atrás da orelha.

REFORMA POSTAL
Adiada enquanto os técnicos governamentais decidem se o selo já deve vir com cola ou se a cola deve voltar a ser colocada no momento da selagem e se, a cola vindo com o selo, este deve ser molhado com uma esponja ou simplesmente lambido. A discussão se estende quanto à efígie (que o Lula chama de esfinge) a ser usada nos selos. Uns acham que Juscelino precisa ser reabilitado. A maioria prefere reabilitar o próprio Lula, embora não saiba de quê.
Mas a maior dificuldade é realmente a verba publicitária para convencer o público da importância do uso da goma-arábica na época da eletrônica. Saudades do Duda Mendonça.

REFORMA ANIMAL
Em suspenso devido à não aprovação da produção de um boi fosforescente e de ovos quadrados. Os ministros da área que favorecem os gatos divergem muito dos da área que favorecem os cães. E brigam como cães e gatos.

REFORMA METEOROLÓGICA
Parada porque os delegados do semi-árido não conseguiram chegar a acordo com os delegados do semi-úmido sobre a definição de Bom Tempo. Os do semi-árido teimam em afirmar que Bom Tempo é um dia de toró, enquanto os do semi-úmido acham que é o desvio do São Francisco.

***
Ouvindo K.D Lang - Hymns os the 49th paralell
&
Nouvelle Vague - Dica da Anna V.

domingo, 27 de agosto de 2006

Sobrenatural de Almeida



Lindo dia de sol, meninos na piscina, comidinha light (obviamente) de mamãe, reencontrei livros antigos e passei a tarde relendo Hilda Hilst e bisbilhotando a fotobiografia de Florbela. Diliça.

Chego em casa, boto o livro sobre a escrivaninha, vou tomar banho, fazer um chá e já volto pra postar o poema que eu separei.

...hã hã...

Imagine a criatura aqui percorrendo todos os cômodos da casa, com a maior cara de interrogação - pois eu deixei ele quietinho ali em cima - e...refaço o caminho, revisto bolsa, mochilas de filhos, sofás, banheiro, cozinha. Vai ver que eu deixei na área de serviço quando fui dar ração pra Gaia...e nada!

Sobrenatural de Almeida deve estar lendo, deleitando-se a cada poeminha e rindo muito da minha cara.

Deteeeeesto quando isso acontece.

Rodrigueanamente, "E é só".

sábado, 26 de agosto de 2006

Neo & Rama-kandra




Neo: I just have never...
Rama-Kandra: ...heard a program speak of love?
Neo: It's an... human emotion.
Rama-Kandra: No, it is a word. What matters is the connection the word implies. I see that you are in love. Can you tell me what you would give to hold on to that connection?
Neo: Anything.
Rama-Kandra: Then perhaps the reason you're here is not so different from the reason I'm here.


- In Matrix Revolutions -

Pressa...pra quê?

Não temos mais paciência para experimentar um amor. Colocar as roupas antes de tirar. Dentro da gente, há sempre uma pressa que aponta: "vai levar?" Não fechamos os lábios para lembrar ou mastigar as palavras. Há sempre alguém que acelera o relacionamento. Que agride antes de compreender, que julga antes de conviver, que pretende ler sem se aproximar da caligrafia. O amor não é suspeita, é superar a desconfiança. Todos se conhecem sem ao menos pedir permissão para entrar, licença para sentar e puxar a cadeira. Como se soasse um zumbido de "agora ou nunca?". Nunca será se não houve véspera, nunca será se não haverá tempo de ser depois. Queremos um amor rápido, não um amor constante, não um amor com as medidas do corpo. Ou com as medidas da voz nos ouvidos, que não seja largo demais nos ombros, nem pesado demais para carregar de um lado para o outro da casa. Como o rádio de Alice. Pressa não é urgência. Pressa é pular para o final. Urgência é precisar todo momento e não deixar o começo.

(Induzida pela Mani)

Implicância?!

Eu sabia que havia algum forte motivo, até então obscuro,
pra eu não me agradar dessa ai de baixo!
Ela não só vota, como faz campanha pra de cima!
Tô aliviada... Pensei que era implicância pura e simples.
E ainda naquele carioquês arraxtadézimo...blé.

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Prepare o seu coração

Ele é moreno, lindo da cabeça aos pés, gostoso, esperto, sorridente.
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Mais dica?
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É bem humoradíssimo, apaixonado pela vida, vive o tempo tempo descobrindo coisas novas, é moderno e sensual.
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Não descobriu, ainda?
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Então veja com seus próprios olhos e diga se eu não estou cooobeeeerta de razão por estar completamente a-p-a-i-x-o-n-a-d-a por ele.







O canalha ainda me olha e chama tooodo dengoso:

Titiiiiiii!

Resistir, quem há de?

O amigo de volta

A noite acabou com uma surpresa maravilhosa. Mariozinho, meu amigo e vizinho, voltou pra casa, pra quinze dias de descanso, depois de 4 meses na Missão de Paz do Haiti.

Primeiro, voltou inteiro! Depois, me trouxe duas telas: uma de arte vodu, cheia de símbolos que significam sorte, amor, companheirismo, natureza...só coisas boas. A outra retrata bem o cotidiano de Porto Príncipe: mulheres carregam água e mantimentos pra casa. São lindíssimas as duas. Muito fortes. A das mulheres chama especial atenção por ter sido pintada no que parece ter sido um dia um lençol, com tons de marrom que se não são tiradas da terra, são muito inspiradas nela.

Dormi felicíssima com a volta dele.

Hoje de manhã, hora do café e dos relatos de viagem. Impressionantes histórias que podiam ter acontecido em qualquer favela daqui, em Angola ou lá mesmo. Com a diferença dos índices absolutamente inacreditáveis: 81% de desempregados, 52% de analfabetos e só 20% da população têm acesso á água e luz, num universo de 8 milhões de habitantes, num país onde só há bananas e mais meia dúzia de produtos nativos. Miséria, doença e fome são lugares comuns, além da não aceitação dos estrangeiros, da rebeldia de grupos fortemente armados (armas provenientes das antigas forças armadas de lá, que não existem mais), embates entre o povo e as missões de paz, brigas entre ONU e Médicos Sem-Fronteiras, desentedimentos de toda espécie e a inacreditável disputa pra ver quem manda mais no meio dessa calamidade toda.

Ele me pergunta "como pode haver espaço para ego numa situação dessas, quando o que deveria haver era união em prol da salavação desse povo. Porque eu não tô falando de ajuda, tô falando de sobrevivência" e eu fico muda. Chocada.

Ele foi embora, cuidar da vida, descansar e eu fiquei aqui, com medo que ele volte pra lá mais uma vez e ao mesmo tempo com muito orgulho desse meu amigo que deixou tudo pra trás, pra salvar um povo que nem é o dele. Mentira, é de todos nós, sim. Eu sei pelo que eu tô sentindo agora.

Eu disse que ele voltou inteiro...nada disso, voltou muito maior.

quarta-feira, 23 de agosto de 2006

E o tempo virou

Queriiiiiiidos,
obrigada pelas doces palavras de comemoração!!
Fiquei com o coração quentinho, quentinho.
Pena que o brinde foi com água tônica...o espumante fica pra próxima!

***

"Deve-se deixar inundar pela alegria aos poucos - pois é a vida nascendo. E quem não tiver força, que antes cubra cada nervo com uma película protetora, com uma película de morte para poder tolerar a vida. Essa película pode consistir em qualquer ato formal protetor, em qualquer silêncio ou em várias palavras sem sentido. Pois o prazer não é de se brincar com ele. Ele é nós."

Seeeeeempre Clarice Lispector!

***
O tempo virou. O que era azul e luminoso tornou em cinza e nuvem. Um vento frio e forte faz tremer os vidros e desaquece a gente. As árvores vizinhas não param quietas, a grama se cobre com as flores amarelo-ouro dos ipês. A vontade de andar descalça veste meias. Transformo o chá no companheiro mais assíduo, aposento o gelo e elejo o verão a minha mais saudosa estação.
***
Cês leram a entrevista do Márcio thomaz Bastos naquela revista que eu não digo mais o nome?
Só o "abre" da matéria, pra vocês não dizerem que eu sou egoista ou que aquele semanário não está cada vez mais perecido com a Contigo:
"O criminalista Márcio Thomaz Bastos, o ministro da Justiça que mais tempo ficou no cargo desde a volta do país à democracia, adora ser ministro da Justiça. "Nem sei como consegui viver tanto sem sê-lo", brinca. Mantém o gosto mesmo depois que o crime organizado passou a aterrorizar São Paulo e aumentaram as cobranças sobre o papel do governo federal. Com bom humor inalterado e sem levantar o tom de voz, o ministro defende sua gestão, insiste em que o envio de tropas do Exército à cidade é uma boa saída e, sem dar nome aos bois, responsabiliza a administração tucana pelo caos na segurança pública. O erro principal, diz ele, está em apenas prender e evitar fugas, como se isso bastasse. "O Estado também precisa controlar o que acontece dentro das prisões." Thomaz Bastos orgulha-se da eficiência que conseguiu dar ao que parece ser a vitrine de sua gestão, a Polícia Federal. "Meu sonho é transformar a Polícia Federal em um FBI. ". "
ai ai...

terça-feira, 22 de agosto de 2006

1 Anoooo!

Hoje é o aniversário do Bela Caleidoscópica!!



Um ano que eu nem nunca acreditei que chegaria...talvez por não ter me dado conta do desafio de estar todo dia conectada, de ter realmente talento pra coisa, de ter disciplina pra escrever, pra manter os contatos que eu imaginava tão distantes e virtuais.

Não que alguma coisa além de ter disciplina me fosse muito difícil, não. O resto sempre foi um enorme prazer.


Eu sei também que, olhando em volta, eu ainda tô engatinhando, tenho muito a aprender, tendo esse maravilhoso "mondo blog" pra me nutrir, inspirar, encantar e orientar.


Por não pensar no que podia ser, me orgulho hoje do meu domínio nessa rede. Agradeço de coração aos que chegaram e foram ficando, aos que passaram uma vez ou outra, timidamente, sem dizer nada, aos que viraram amigos de verdade. E resolvi re-postar a 1ª de todas, o texto do Oscar Wilde que quase todo mundo conhece, mas que eu acho excepcionalmente lindo & verdadeiro.

Pros meus amigos novos e velhos, todos muy reais, apesar dos virtuais. Obrigada por tudo. Pelo estímulo, pelo apoio, pelo colo, pela atenção, pelas críticas, pela troca, pela alegria de ter mais esse meio de conhecer e me aproximar de gente tãããããão especial.

Luv U, guys!



"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam pra que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."

(Oscar Wilde)

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Psssssssssssiiiiii...

SILÊNCIO E SOSSEGO

Tenho silêncio
Sossego me sobra,
Mas sou de extremos,
Oscilo,
Não paro por dentro.

Fico assim quieta,
Silente e sobressaltada.
Como se tivesse na vida
– passando desobrigada de mim –
Sempre que olhar com tento.

Por mais calma que esteja,
Há sempre em mim
Uma luz vermelha,
Uma sirene prestes a tocar,
Ao menor sinal de vento,
Vôo de bicho ou gesto de gente.

Um frêmito,
Por menor que seja,
Pode me despertar.
+++
E lá vem o Caio com mais uma das suas, ó:
"Ô, mãe, sabe que tem a guerra divertida das crianças, sabe?
Tem um monte de armas que atiram chicelete, lança-chamas de fogos de artifício beeeem coloridos, que nem os da praia*. E tem as bombas de sorvete e o canhão que lança confete de chocolate. E sabe mais o que ele lança? Bombom misturado com leite "convessado" e sorvete de creme e calda de chocolate por cima! Muito mais legal do que essa desses idiotas, né?"
Eu sei que eu sou responsável pela boa nutrição do menino. Isso foi só um ataque de sobremesas inspirado pela minha hepatite!

* os do reveillón na praia, em Salvador.


Laço

LAÇO
Liga-ação entre dois mundos
Fio condutor entre duas mentes afinadas
Telefone sem-fio entre dois ouvidos atentos
Código Morse entre duas almas afins
Mensagem virtual entre dois corações sincronizados
Liga-ação entre dois seres
Se querendo tanto bem
Que lonjura alguma afeta.
Pra Ilana,
minha querida amiga baiana,
um jardim beeem florido,
pra você ficar boa logo!

sábado, 19 de agosto de 2006

A saudade mata a gente, morena!

Eu falei aqui que minha amiga de fé-irmã-camarada Marjorie (a colorida da foto!) estava indo pra Califórnia estudar. Foi lá se especializar em coisas de saúde e aperfeiçoar a espírito na arte do Asian Healin. A Escola se chama Heartwood Institute e fica no coração das montanhas californianas, ao norte de São Francisco.

Eu ja tô moooorta de saudades!

Pois, hoje, passados quase 30 dias sem comunicação, já que internet lá é à manivela - pasmem! - ela me presenteia com um longo e lindo telefonema, com o bônus track de ouvir a voz que eu tanto adoro de Dylaran, meu amigo do coração que passa alguns meses por ano lá.

Entre saudades imensas, relatos de vivências e sentimentos, um resumo sucinto do curso e da região, uma declaração dela me deixou imensamente feliz: “- Tenho a sensação de estar exatamente onde deveria, com as pessoas que eu precisava, na hora certa, fazendo o que é certo, todos os dias, desde que eu cheguei aqui.”

Felicidade plena da minha amiga amada, detox to the top, vida saudável, em contato com a natureza, alimentação orgânica, um mergulho fundo pra dentro, em meio àquela Floresta de Redwood.

Uh lala....BenzaDeus!
Sabe lá o que significa esse centramento, essa tranqüilidade, essa certeza de estar no caminho certo, depois de tanto tropeço, de tanto sofrimento, há tão pouco tempo?!

Meu coração se encheu de alegria por ela e no meu rosto se estampou um sorriso cúmplice, fiel, íntimo. Estamos sempre de mãos dadas, nem a distância desfaz isso. A conquista é nossa mesmo!

E no fundinho, na minha alma, ficou o germe de uma inquietude, de uma dúvida, de um questionamento...por mim.

E não é mesmo isso que os amigos sabem fazer tão bem, Marlíssima?
Olha a tal lente que eu te falei ai!

sexta-feira, 18 de agosto de 2006

"Hetacombe" & milhões de Lulas

Eu e minha Alice - que muitas vezes predomina o meu espírito - assistimos juntas ao horário eleitoral. Senão por uma forte tendência à autopunição, por motivos profissionais e interesse pessoal nessa fanfarronice. Lula não fala do que incomoda, Alckmin não bate de frente e ‘vamo que vamo’ no lengalenga do marketing pessoal, na carinha simpática, nas palavras de impacto, nas musiqueinhas beeem brasileiras (item onde o paulistinha de Pinda ganha, com a voz de Dominguinhos!). Cá pra nós, “são milhões de Lulas... Lula é o povo e o povo é Lula”? É demais da conta, né não?

E ele virou o quê? Um petista transgênico, é isso?

E esses dois vão ficar fazendo essa carinha maquiada e bem penteada até quando?

Um amigo tucano me disse que a estratégia é essa mesmo: continuar muy polido e fino até o segundo turno, pra daí em diante, arregaçar as mangas e entrar no vale-tudo em ringue de gel!
Segundo turno?

Fiotes, pelo andar da carruagem, vocês deixem isso pra lá, façam economias porque ‘isso não lhes pertence mais’, como diz a gorda do pior programa do mundo.

O que mais me choca é tentar imaginar o público alvo dessa campanha, porque, meu bem, não sou eu ou você, fique certo! E é quem?

Eu não consigo achar. Minha empregada diz que nem prometer direito os caras sabem. Tá certa, ela. E acha Heloisa Helena ignorante, porque a grandiloqüência dela se traduziu nisso, em ‘falar tão enrolado que parece meio analfabeta’! hahahahaha

Cristovam fez uma campanha toda bonitinha, pautada na educação, que tem animações e criancinhas. Fofo, mas ta mais pra Criança Esperança.

Os outros? Eu nem me dou ao trabalho. Ainda mais depois que o Eymael disse que pode haver uma HETACOMBE, na questão da segurança, e chegou até a sugerir uma aliança com o PCC pra ganhar mais espaço na mídia...devia ser processado. Maluco!

Se você assistiu, pense bem e me diga: o que foi mesmo de concreto que eles disseram, de construtivo, de redentor, que nos faça olhar com bons olhos algum deles e depositar na criatura alguma crença e esperança, mais do que necessárias pra se ganhar um voto?

A Palavra & outras novidades

Eu sempre fui de escrever. De ler e de escrever. De falar também, muito e pelos cotovelos. Aliás, isso eu já fazia antes mesmo de saber ler e escrever.

Reza a lenda de que a tagarelice dos meus filhotes é herança minha. Mas o que eu tenho de mais forte em mim talvez seja o encantamento pela palavra: falada, escrita, lida, cantada, intuída, berrada, sussurrada, imaginada, desenhada na areia ou que surge em grandes espirais de nuvens. E são desde sempre meus a absoluta concentração e o enamoramento que me tomam quando encontro gente que tem o dom da expressão por esse meio.

Bão, deixando o blábláblá de lado, eu comecei a escrever coisas diferentes da que eu ando acostumada aqui. Taí o primeiro capítulo que eu nem sei se terá segundo, mas valeu pra mim como tentativa e treinamento. Sejam condescendentes, sim? Brigadinha.


***


Era tarde. Incerta hora escura e quente. Janelas abertas e cortinas amarradas no quarto em desleixo. Cama desarrumada e ninguém deitado. Roupas por cima de uma cadeira preta zebrada no assento. Um par de chinelas azuis claras, meia dúzia de livros, um pequeno bloco de folhas quadriculadas, uma caneta sem tampa, uma grande almofada floral. Um cheiro morno de quintal em época de fruta, um zumbido de gerador. Nenhuma luz além da de cor alaranjada, vinda de algum anúncio que vazava pelo basculante. Nenhuma coisa verde, nenhuma plantinha de plástico. Nenhum animal, nem peixe. Criança ou gente também não havia. Era uma casa vazia.
Não gostava de chegar e achar tudo como havia deixado muitas horas antes. Entrava contrariada, já cansada, com as pernas pesadas e os pés um pouco doídos. Sempre estranhava o ar molhado daquele lugar e não sabia nunca dizer o que a incomodava mais: a bagunça da casa, a exaustão do corpo ou o sentimento de repetição. No fim, era só uma mistura de desagrados.
Fora a cama e a banheira antiga, não sentia prazer em estar noutro lugar. Olhava pra sala com aqueles móveis meio decadentes, marronzinhos, com pés de palito que o amigo decorador indicou como sendo ‘vintage’. Via os dois únicos quadros na parede e pensava que nunca os teria comprado novamente. Não cozinhava e, naquele ambiente inóspito, chamado cozinha, morava uma geladeira high tech, com porta dupla de inox, completamente destoante, que havia chegado lá como prêmio de consolação do último namorado rico. Segundo ele, era só uma forma de agradecer por tê-lo apresentado a Mila, sua atual mulher e mãe de seus dois filhos.
"Lá dentro é possível criar uma família de esquimós", ela pensou e riu. Assustou-se com o som da quase gargalhada que ecoou. Censurou-se e depois riu mais ainda da falta de intimidade com o silêncio e com a própria voz. Abriu a porta para o oco daquela geladeira Iglu e foi imediatamente lembrada de que tinha tido preguiça demais pra fazer compras. Tinha como opções, um vinho-vinagre, um suco de pêra em caixinha ou água mineral. Pra comer, só uns palitos de chocolate meio derretidos dentro do armário.
Com o pacote desajeitadamente preso entre o mindinho e palma da mão e um copo de promoção, com quase um litro de suco, rumou pro quarto, sem soltar a bolsa ou tirar o casaco. Tinha aquela mania de entrar já pondo as coisas nos lugares errados. Bolsa e biscoito na cama, casaco no chão, sapatos chutados sem cuidado, suco equilibrado na cabeceira mais alta.
Desabotoou o primeiro botão da calça e deitou-se de lado. Alcançou lenta o controle remoto, brincou de formar frases estranhas com as vozes de canais diferentes, anotou como de costume as mais engraçadas. Comeu aquele palitinho como se fosse um lauto jantar, bebeu o suco degustando cada gole, largou o pacote com um único sobrevivente e o copo vazio debaixo da cama.
Ajoelhou-se na cama, viu seu rosto no espelho, amarrou o cabelo longo num nó. Não aprovou a arte final, mas consolou-se pensando que amanhã acordaria mais cedo. Encheria a banheira de óleos deliciosos, tomaria um café com frutas naquela padaria nova, cortaria o cabelo, faria compras. Amanhã, a faxineira viria, a casa estaria perfumada, limpa e em ordem. Amanhã ela compraria, com certeza, um vaso de pequenas calanchoês, duas pequeniníssimas violetas brancas e uma gérbera. Daquele laranja quase vermelho, com o miolo escuro! Daí, sim, podia levar Miguel à sua casa. Amanhã.
O despertador tocou às 6h20. Isa pulou da cama, correu pro chuveiro, mal escovou os dentes. Vestiu-se com pressa e saiu atrasada, mastigando o último palito de chocolates pelo caminho. Foi pegar o ônibus. Eram 7h51, quando bateu o ponto.

quinta-feira, 17 de agosto de 2006

Boas novas


Noite morna dormida de alcinhas.
Filhos de volta a casa
Adormecem em minha volta.
Sonhos azuis, praianos
E surge a manhã luminosa.
O sol me acorda com um beijo
Morno e aconhegante.
A brisa seca, normalmente incômoda,
Veio como um alento.
Mas nada se compara a esse pezinho 29
Posto em minhas costas
Ou a essa mão de quase-homem que me alisa os cabelos.
***
Ontem saiu a sorologia! E eu não sou contagiosa! nem A, nem B, nem C, nem nada!
O que comprova que a coisa amarela é mesmo medicamentosa e NADA mais.
E eu mandei os meninos voltarem pra casa, imediatamente!
Bom dia, pra vocês, queridos!
O meu começou com todos os pés direitos!

quarta-feira, 16 de agosto de 2006

Zen? Sei!


Silêncio, sossego, tranqüilidade, calma, movimentos leves e lentos.
Muito livro, muita poesia (pra curar), muita música, muito filme.
Comidas levíssimas, frutas e verduras em abundância.
Bastante chazinho. Água exageradamente.
Acupuntura.
Era pra eu estar zen, né?
Sei...

***

Nessa quietude induzida, vem uma quase obrigatória reflexão dos hábitos, das maneiras de se ver e lidar do cotidiano. Angústia e impaciência passam de leve. Mas a teimosia faz com que a matutação siga adiante. E lá vêm, em filinha indiana, os erros, as faltas, os excessos (oh, God!). Talvez por isso eu tenha que estar assim. Tenho uma sensação de que quando não me resolvo por bem, “há males que vem pra alguém” e eu termino abrigada a... sabe como?

‘Eu tenho o péssimo costume de me deixar levar pelo ritmo’, penso...mas que nada, quem conduz a dança não sou eu?

‘Adoro cozinhar, como vou deixar de comer laticínios? Sem manteiga não tem receita que preste!’ E, em 5 dias de dieta, pude experimentar coisas deliciosas sem nenhuma gordura.

‘O que vai acontecer com essa casa e com essa família sem mim? ’...e os filhos foram pra casa da avó, a vida continuou acontecendo, a casa continuou funcionando...e eu deitada da silva vendo o bonde passar.

Não sei, não...mas com esse resguardo ficam pra trás: o meu sentimento de onipotência, a sensação de ser insubstituível, os cuidados extremados, a exigência de ser sempre minha a decisão.

E ficam as certezas: de que os meninos estão sendo bem criados, de saber que eu tenho uma família e muitos amigos que me encheram de mimos e paparicos! E que me amam!

E de que tudo, absolutamente tudo, continua acontecendo na minha ausência.

E uma certa leveza.

terça-feira, 15 de agosto de 2006

"Aloow, 'tenção!" ou Roda Roda Roda e avisa

Genteeeeeee, olha isso:





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Ho Ho Ho!
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ps: Tô melhorando, meus amores. Vocês são uns fofooooooos!

segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Boletim Médico 001

OI, queridos!
Forçosamente tive que me afastar daqui. Alguns de vocês sabem que eu tive que fazer uma cirurgiazinha. Bom, vai daí que os medicamentos que eu tive que tomar desembocaram numa HEPATITE MEDICAMENTOSA! Coisa que eu nem mesmo sabia que existia.
Então, é isso. Here I am! Amarelinha, enjoadinha, magricelinha e de molho por mais uma semana.
Mas tô de volta.

***

Preciso contar que dois dias depois da tal intervenção, ganhei de presente a vinda da marlavilhosa-marlarida-MARLA à Brasília. Tiramos fotos e tudo. E de quebra ainda conheci a belíssima ELENITA! Isso sem dizer dos muitos amigos de-li-ci-o-sos DELAS. Assim que eu receber as fotos eu posto.
Marlíssimaaaa, eu mandei email, flor, pedindo desculpas pelo furo do 2º encnontro, viu?
Elenita, vamos manter contato, querida!
Gente, essas duas são lindas de morrer, inteligentíssimas e sensibilíssimas, o resto... bom, vcs conferem nos respectivos blogs, se não estiverem só dando bobeira pela rede!

Montes de beijos.

ps: tratem de me paparicar que agora eu sou "A Carentinha da Estrela" (copyright da Lu e da Mi)

quinta-feira, 10 de agosto de 2006

Manhã, tão bonita manhãããã!



Manhã, tão bonita manhã!

Um céu azulíssimo, um sol lindo de morrer, um ventinho salvador! Uma vontade de sair por ai, de tomar uns banhos de cachoeira, ai ai, de andar no mato sem hora pra voltar...Alguém, alguém?
E eu que cantei dormindo?
Dizem que foi "Vamos a la playa ô, ô,ô, ô, Ô!". Deve ser do remédio! Pelamordedeus!


***


Você é testemunha do meu silêncio político. Confesso que uma onda de pessimismo me abateu (não sem motivo, porque eu sou só mezzo Alice) e eu fiquei meio sem saída. Mas se aproximam as eleições e começam a pipocar candidatos a falar de propostas (aliás, cada uma que eu tenho vontade até de ligar pro Evo e pro Fidel no leito pra saber o que eles acham!), a atacar os outros, a detonar o opositor. Isso foi me dando uma preguiça! Pode ser pela mera repetição, pode ser pelas inúmeras expressões de decepção de tanta gente que eu respeito (incluso euzinha, ficórse!), pode ser por não estar conseguindo ver à frente nada de encorajador, haja vista no que se tranformou politicamente a GUERRA em São Paulo e as ações encantadoras do judiciário, depois de todo o trabalho da Polícia Federal e do Ministério Público, nos casos Mensalão e - a não ser que caia um raio de lucidez sobre aqueles seres de toga - dos Sanguessugas. Só sei que tudo que andei lendo, vendo, discutindo e assuntando, me desmotivou absurdamente.

O sorteio de entrevistados do JN também tem contribuído, vamo combiná.

A entrevista do Flan de Alcachofra eu perdi. Mas tô procurando pra ler, admito.

Heloisa Gritando Helena se disse uma criatura “muito calma, tranqüila e controlada”?! Realmente me pareceu um quadro dos Cassetas. E depois chamando o Bonner de ‘meu amor’ - sem entrar no aspecto ‘plataforma política’ que foi um blefe! - convenhamos que não foi nada estimulante. Eu acho ridícula essa coisa mulherzinha (só por esse lado, é claro, porque se deixar essa moça numa rinha com qualquer mocinho, você vai ver o estrago!). Tem que chamar o cara de ‘meu amor’? O cara é amigo íntimo dela? Se era pra ser irônica, ficou piegas e ela se deu mal! Minha cara, você quer ser presidente do país ou vai só tomar uns chopps com a galera no boteco? Compostura, rânei, please!
Eu votaria nela pra senadora, forever.

Do Cristovám, meus caros, eu tive pena. Tento, mas não consigo ter nada diferente disso e de certa admiração pela ideologia que o move. Ele é claramente um sonhador sem os pés plantados no chão. Um homem inteligente, sem dúvida, bem informado, um intelequitual. Mas daí a você-sabe-onde vai uma longuíssima distância. Se ele quisesse ser novamente reitor da UnB eu até apoiava.

É claro que há de se criticar a postura ‘desafiadora’ às avessas dos nossos amados apresentadores. Eles têm sido pra lá de desrespeitosos, não têm dado espaço para que as figuras se exponham, têm dirigido as discussões de uma forma nada isenta. E eu tava esperando alguma coisa diferente disso? To precisando acordar, né mesmo?

Só espero ouvir alguma coisa diferente do Lula. Não me pergunte o que eu mesma não sei responder, nem mesmo sei se isso existe no campo prático. É só uma vontade de que parta dele uma solução. Eu sei que é pessoal e intrasferível, queridos, mas tenham paciência com os delírios juvenis de moi. Juro que me esforço pra me pegar numa leitura macro-historicamente-explicável, porque se eu me deixar levar pela maré do cotidiano, fiotes, eu anulo o voto, arrumo as malas e vou morar em Ibiza. Bora?


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Caio acorda e me grita: - Ô, mãe, eu acabei de sonhar umas coisas que eu ia te contar, mas têm um monte de sonho misturado aqui dentro (com o dedinho apontado pra cabeça) e eu não consigo me lembrar! Agora, só se eu abrir a minha cachola e cavar com uma pá até encontrar.

quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Acordo de Convivência

Clique na carta para poder ler no tamanho ampliado ou use uma lupa.
É de rolar de rir!
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Óia, amigas chegando em Brasília de turminha!?
Cês combinaram nas minhas costas pra me botar a perder, podem dizer!
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Update: quem me mandou essa pérola foi a Mani!

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Conheça o seu candidato!

A Justiça Eleitoral acaba de oferecer um presente inédito para os brasileiros conectados à Internet. No endereço eletrônico do TSE estão relacionados todos os 19 mil candidatos inscritos para concorrer a algum cargo em outubro. Estão disponíveis não só os nomes e dados pessoais, mas também a lista completa dos seus patrimônios declarados e quanto pretendem gastar na campanha.
Clique em "Divulgação de candidaturas", escolha o cargo por Estado. Clique no nome do candidato e, por fim, clique em "Declaração de bens" e tire suas conclusões.

Não esqueça de comparar a lista do candidatos com as listas de MENSALEIROS, DOS SANGUESUGAS, bem como de outras pragas que infestam a política brasileira.
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Hoje eu não tô boa.
Assim que der eu venho dar o ar da graça... com mais graça!
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sábado, 5 de agosto de 2006

Uhuuuuuu!

Voltamos!

Eu e o servidor, é claro (antes que alguém imagine algo diferente)!

Quase 3 dias sem rede e a vida se resume a quê?

No meu caso, prestenção:
Dias de céu absolutamente azul, nuvem não tinha nem pra remédio, daí vocês tiram as inúmeras possiblidades open air.
Filhos correndo em torno, livros de-li-ci-o-sos, Primeira Leitura (que acabou em junho, infelizmente!) sendo posta em dia, compras de supermercado recheadas de guloseimas, programa de índio ontem (mas eu supero!), filmes que já saíram de cartaz e eu não vi no cinema (Capote, Se eu fosse você, Carros e Valiant), tradução de documentos só com termos técnicos de engenharia (uma diliça!), cabeça matutando em novos projetos, telefonema da Beths (sorry, periferia!), eu na cozinha tornando reais coisas que há tempos eu andava querendo, almoço na casa de tia, com direito a comidinha e colo da minha Daia e muuuitos papos.
Anfam, eu senti falta daqui, confesso. Em alguns momentos cheguei mesmo a sofrer, mas 'teve bão' o resto!

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Hoje tem A Festa no Puteiro. É isso mesmo, você não entendeu mal e nem eu escrevi errado: fizeram em São Paulo, numa casa dessas, e foi um su-ces-soooo! Resultado, trouxeram pra cá. Desta feita, com Nego Moçambique e LS2 no comando das pick ups. Ui Ui, nem quero que me segurem.
***

Hoje a tarde eu quase tive um siricotico: meu sobrinho de 11 meses (hoje!), olhou pra mim e chamou: Titiiiiiii!
Ganhou 3400 beijocas e uma centena de apertões naquelas coxas cheias de dobrinhas.


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Caras, cês viram que há 20 anos todo o capital do mundo se dividia em 70% de capital produtivo e 30% de capital especulativo e hoje é exatamente o contrário?
É, meus bens, o negócio hoje é mandar o dinheirinho pra Cingapura, fiotes.
Não se enganem que o trabalho não vai nos enriquecer. A não ser que alguém aqui entre num esquema pesado de alguma coisa, tipo, cês sabem, MensalõesSanguessugasPCC & cia ltda.
....cê vai?
Eu, não. Brigadinha.
"Eu (só) quero uma casa no campo".

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"O psicopata é um cara que tem um delírio que não se socializa. Quando socializa vira religião, seita, igreja, partido."
É. Não deixe de ler a entrevista do Contardo Calligaris (a frase é dele) na Primeira Leitura de maio (nº51)!
Eu disse que eu tava com a Leitura atrasada, não reclame.
E pra quem sentir falta da revista, como eu, tem o blog do Reinaldo Azevedo, e segundo o próprio: "Morri e agora estou mais solto. Vão ter de me agüentar opinando também sobre literatura, cinema, culinária, futebol e furacões. Qual o tempo das atualizações? A qualquer hora do dia ou da noite, num intervalo qualquer entre o diazepan e um discurso do Lula."

sexta-feira, 4 de agosto de 2006

1, 2, 3...testando!

Oi.
Tô no computador de titia só pra avisar que servidor de Belinha foi pras cucuias!
Assim que tivermos algum sinal do tal, restabeleceremos os serviços, visse?
Bão, fiquem com Deus, divirtam-se no final de semana e rezem um tiquinho pra Nossa Senhora da Web interceder por mim.
Beijo Beijo

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Aniv. do Brog + Se não sabe onde quer chegar, qualquer caminho é bom


Dia 22 de agosto o Bela Caleidoscópica faz 1 ano!
Até hoje foram 15.000 e tantos visitantes (tô fazendo a conta pra saber a média por dia, hahahaha), muitos amigos novos e bãos. O caleidoscópio girou muuuitas vezes, formou vários quadros, cenários, montagens, colagens, padronagens....whatever.
Ai vem um maluco entrar aqui procurando por 'foda alucinada' e outro zémané atrás de 'espiroqueta'??

ãin...é demais pro meu pobre coraçãozinho. Acabam com a minha inspiração!

Isso sem contar uns e outros que pararam aqui pra encontrar 'garotas de programa'. Pasmem! Foram 13 desse modelito! Se deram mal, que nem foto minha tem, seus incompetentes!

Mas o mais anormal tava atrás de "cipriniforme". Se ele queria saber o que era ou tava penas aprofundado um conhecimento anterior, eu não sei. Eu fui parar no dicionário, obviamente.
Tá lá ó: "diz-se de, ou espécime dos cipriniformes, ordem de peixes de água doce que inclui os caracídeos, ciprinídeos, etc"(sic do seo Órélio). Morô?

Esse ai de cima, o Arlequim(foto), é um deles!
Daqueles que vc compra e leva no saquinho de "prástico" pra criar no "aguário".
Uia!
Tão "simpres"... ô povo besta.
Ná!

ps: Mas fala se a ferramenta de busca desses caras não é poderosa, direcionada, orientada e quase sensitiva!?

Agora me dêem licença que eu tô atrasada pro melhor cinema! Na horizontal, na minha sala, no meu sofá, de meinha, edredon, com direito às melhores companhias, guloseimas e comentários.

1ª noite de férias!

Noite de vento, madrugada com chuva de folha e um cheiro de terra fresca vem de longe.
Um sono interminável na claridade crua da de manhã me pedia pra não desobedecer às palavras do meu sábio travesseiro. O corpo preguiçoso e quente. A cabeça ainda em sleep mode, a alma indisponível para qualquer assunto mundano. O coração achando tudo muito bom sussurrou no meu ouvido: Vai aonde? Fica!
Indolente, pedi só um chazinho na cama, nada mais.


***

Tem uma hora em que eu preciso saber me ausentar.
Tem uma hora em que preciso sair da área de conflito.
Tem uma hora em que se torna necessária a ausência do que me traz dor.
Tem uns dias em que é necessário ter silêncio e paz de espírito.
Tem uns dias em que eu preciso estar só.
Porque minha vida não pode ser monocromática, monótona, mesmo no pior sentido.
Porque eu não agüento padecer o tempo inteiro.
Porque eu tenho que cantar.
E ter poesia.


***

“Para minha alma enferma, qualquer bagatela parece o prólogo de algum desastre. Tão cheia de triste desconfiança está a culpa, que a si mesma se perde com medo de perder-se.”
(HAMLET – Shakespeare - Rainha Gertrudes, mãe de Hamlet, fala com Horácio e Ofélia. Ato Quarto. Cena V)

Ele mesmo, o coitadinho de alma escassa!

***

Virge, ando precisando tirar férias de tudo!
Inclusive e principalmente da minha autocomiseração.
E da minha intolerância com o meu sofrimento!
Quem for bom de contar piadas que venha me visitar!
E quem souber de um bom programa animadinho que me avise.
Porque tooodos os filmes engraçadinhos dos últimos tempos já estão reservados na locadora mais próxima.
Passa a pipoca?


***


E na hora de dormir ontem:

- Mãe, tô com medo.
- Medo do quê, Caio? Você está no seu quarto, com seu irmão, o abajurzinho aceso...
- Eu tenho medo é desse quarto, mãe. Aqui é muito “estanho”.
- Filho, esse sempre foi o seu quarto e você já tem 4 anos, tem que dormir ai mesmo, na sua caminha.
- Mãe, 4 anos não é nada! Os monstros vão até rir de mim quando “saberem” que eu tenho só 4 aninhos! E você sabia que meus amigos de 4 anos todos dormem na cama da mãe? Só eu que tenho que dormir abandonado?
- Caio, vamos parar de drama, meu amor. Eu tô aqui do lado e seu irmão na cama de cima, isso é dormir abandonado?
- Tá (pausa pra pensar de uns 5 minutos)...mas você nem tente me acordar que eu vou dormir até perder a aula amanhã, viu?

terça-feira, 1 de agosto de 2006

"A Scanner Darkly"


Eles conseguiram juntar essa turma toda num filme que 'dizem' ser
absolutamente inovador e original!

A coletiva de imprensa em Cannes 2006 foi um show a parte.

Olha a turma:

Robert Downey Jr (foto), por quem eu tenho uma graaande simpatia, digamos,
e depois de mais velho tá ainda mais "tudibão".

Keanu Reeves que dá vontade de teimar em recuperar. Num dá?

Woody Harelson que ninguém precisa predicar.
&

Winona Ryder.

Wait and see.
***
Antes que vcs estranhem a minha constância por essas plagas:
YYYEEESSS, eu estou de férias!



Uia, meu bem! Isso é que é!

Irreverência, vanguarda, modernidade.
Quem tem isso hoje em dia?
Vc conhece?
Tem certeza?
Pois tome uma aulinha básica disso que eu tô falando.
...e depois me responda!