Um ano que eu nem nunca acreditei que chegaria...talvez por não ter me dado conta do desafio de estar todo dia conectada, de ter realmente talento pra coisa, de ter disciplina pra escrever, pra manter os contatos que eu imaginava tão distantes e virtuais.
Não que alguma coisa além de ter disciplina me fosse muito difícil, não. O resto sempre foi um enorme prazer.
Eu sei também que, olhando em volta, eu ainda tô engatinhando, tenho muito a aprender, tendo esse maravilhoso "mondo blog" pra me nutrir, inspirar, encantar e orientar.
Por não pensar no que podia ser, me orgulho hoje do meu domínio nessa rede. Agradeço de coração aos que chegaram e foram ficando, aos que passaram uma vez ou outra, timidamente, sem dizer nada, aos que viraram amigos de verdade. E resolvi re-postar a 1ª de todas, o texto do Oscar Wilde que quase todo mundo conhece, mas que eu acho excepcionalmente lindo & verdadeiro.
Pros meus amigos novos e velhos, todos muy reais, apesar dos virtuais. Obrigada por tudo. Pelo estímulo, pelo apoio, pelo colo, pela atenção, pelas críticas, pela troca, pela alegria de ter mais esse meio de conhecer e me aproximar de gente tãããããão especial.
Luv U, guys!
"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero o meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam pra que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril."
(Oscar Wilde)
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