quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

Coisas novas

Tela de Juan Gris
Você gosta de música?
Nunca mais vc vai ficar na rede sem fundo musical, meu beeem!
Eu tô aqui ouvindo o novo da Norah Jones atééé enjoar.
***
Eu tava lá na Bahia, vivendo intensamente a minha leseira et alienação, mas...
Aconteceu um Congresso de Cultura Contemporânea em Valença,
ali do ladinho de onde eu tava.
Caiu nas minhas mãos a entrevista de Gilles Lipovetsky (feita pelo EL País, prestenção, que brasileño nenhum se interessou pelo moço!), um dos mais aclamados filósofos franceses da atualidade.
Eu confesso que senti uma certa preguiça...filósofo+ francês...ai ai ai.
Ano começando e eu não tava nada afim de previsões macabras, pessimismo, gente macambúzia, essas coisas down. Mas fiquei encantada com o que disse o moço e guardei o que eu precisava pra encontrar mais referências.
Achei o livro novo dele "La societé de décepcion",
que traz uma tese interessantíssima: o luxo emocional.
Se alguém que passa aqui souber onde eu encontro em claro e bom idioma de Camões, eu agradeço de coração!
Os outros dele eu já achei.
Mire, veja:
A era do vazio
Império do efêmero
A terceira mulher
Os tempos hipermodernos
***
"But don't shake me awake,
Don't bend me or I will break,
Come find me somewhere between my dreams,
With the sun on my face.
I will still feel it later on,
But for now I'd rather be asleep."
***
No tempo, nada é perdido
Há registro de cada sentido
Tem marca de cada som
Existe uma cor pra cada palavra
Uma flor pra cada amigo
Uma lápide pra cada dor
E um altar pra todo amor

terça-feira, 30 de janeiro de 2007

Olha esse ráááádio!


"Ela sempre teve medo
Dos pingos da chuva
E ele sempre teve medo
Dos raios do sol
E ele sempre teve medo
Do sol, da chuva
Do casamento da raposa com o rouxinol
E ele sempre teve medo
De abrir a boca
Ela sempre teve medo
De perder a voz
Ele sempre teve medo
De mirar a louça
Quebrar a mesa
E não poder voltar atrás"

(Casamento da Raposa com o Rouxinol - Alceu Valença)


***

"O que é que desvirtua e ensina?
O que fizemos de nossas próprias vidas?
O mecanismo da amizade,
A matemática dos amantes
Agora só artesanato:
O resto são escombros"

(A montanha Mágica - Legião Urbana)
***
Por que é que essas músicas tocam só quando a gente entende cada letrinha e cada acordezinho, hein? Deusôlivre!

domingo, 28 de janeiro de 2007

Clareeeeeeeeeiaaa, manhãããããã!


Domingo que amanhece nublado e frio é um convite à preguiça, não é?
Eu fico tentadíssima a só fazer programas na horizontal e olhe lá! Livros, filmes, comidinha buginganga, muito chazinho, cafezinho, chocolate quente e dengo até não poder mais.

Sabe quando você nem abre os olhos e só pensa como é bom poder dormir até a hora que quiser?

Como chovia lá fora, eu fiquei debaixo do edredon, no quentinho, tentando saber que horas seriam. Tava um silêncio e eu nem queria abrir os olhos. Preguiçosamente fui olhando ao redor e vi que eram 7h!

Segue diálogo interior:

" Oba! Vou dormir até um dos meninos me acordarem!"

....5 minutos depois..."tomara que eles durmam mais com esse friozinho"

....10 minutos depois..."vou dormir mais um pouquinho"

....15 minutos depois..."acho que eu tô com fome"

.... 20 minutos depois..."então, vou dormir".

.... 22, 5 minutos depois..."Tô com mais preguiça que fome? É, com certeza!".

....25 minutos depois..."por que eu não tô dormindo ainda?"

Meia hora se passou..."tá bom, hoje é domingo! Durma, durma, durma!"

Não dormi coisa nenhuma.

Levantei, preparei um lauto café da manhã e desde então que entoo essa música:


"É de manhã, vem o sol
Mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí sem pensar
No que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão vamos sair
Pra ver o sol"



Chama-se Estrada do Sol.
É da Dolores Duran com o Tom Jobim.
E eu adoooro na voz da Elis.





Bom dia pra você também!




ps: título errado? Nada disso!
É so a segunda na lista das minhas musiquinhas matinais.

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

As mulheres do 25


Rapaz, esse dia deve ter um significado cabalísitico qualquer.

Olha bem: hoje é aniversário dessa ai de cima!

Ela é hors concours...eu sou suspeita e não há jeito, forma , maneira de criticar.
Termino nem sendo bom parâmetro pra ela, acho tudo que ela faz lindo e ela toda tb. Ai, num tem jeito, fico acrítica. Mas mesmo que eu fosse cricri pra além do meu sentimento, ela é tudo o que vocês podem ver, mas muitomuitomuito mais - afora o fato de morar no Rio e me matar de saudade. Ela é a Joana, minha Xú (como diz meu filho Caio), minha irmã caçula! Ela é tanta coisa pra mim que fica até difícil de dizer, assim, nesse bloguinho.

Xuca-amor,
que o seu sucesso venha logo, que a sua felicidade seja enoorme sempre, que a sua saúde seja máxima, seu amor seja sempre fiel-lindo-e-tarado(como bem recomenda Tia Rita!), que você tenha um milhão de amigos e sua conta bancária seja mais pra do Roberto do que a do Erasmo. E que a sua vida seja o reflexo dessa sua beleza, do encantamento que vc é, da doçura que você tem e da sua enorme perseverança!

Te amo demais da conta, neguinha!

Ah, e olha que sorte!
A homenagem é pra ela, mas o presente nós que ganhamos.


CLIQUE aqui e ouça!


***
E ainda tem essa outra criatura ai embaixo que faz aniversário hoje também!
A tal de rede tem seu ônus, mas ela é meu bonus track!






Além do happy birthday, essa é pra tu, Tatu!

Eu não me lembro o dia, a hora ou o assunto que nos juntou. Lembro só de uma sensação de simpatia, semelhança, identificação. De um jeito seu diferente e delicioso de falar e ouvir, de questionar, cutucar, discordar, que me chamou a atenção. Depois vieram os mesmos livros, os autores, os amigos, as risadas, as musiquinhas, os you tube, os emails, os papos mais longos, algumas revelações, fofoca pra dar a pau e risada a metro, meus filhos, que com ela não tem essa de esboçar meio sorrisinho!


De lá pra cá, a gente já chorou, riu, falou bem e mal do alheio, se apropriou dos respectivos amigos, discutiu a vida, partilhou os sentimentos e o Caio, falou de filhos, maridos, namoridos, ex-amantes, futuro, passado, bichos, política, física quântica, filosofia, séquissu e religião.


Teve até a Mega-Lôra que achou a gente parecida, uia que diliça!


Ai, vc vai vendo, a gente termina descobrindo que o que junta pode ser a semelhança, mas o que mantém é sempre mesmo o diferencial (ta ta...ela é uma máquina, mas não é o do eixo, bocoió!). É por ela ser essa criatura genuína: verdadeira, sem papas na língua, batalhadora, disponível, atenciosa, espirituosa, inteligente demais da conta ou como diria Rosa “essa instrução vossa”, mas eu me atrevo a querer dizer melhor: a Lu é certamente das cabeças, almas e corações mais bem mobiliados e espaçosos que eu já conheci. E olha bem que essa arte de dividir espaços e decorar sem exagerar é uma raridade!


E pra quem ainda acredita que Deus não dá asas à cobra, fiotes, a bicha ainda é goxtosa e liiiiinda e sabe disso!


Lu, você é das poucas mulheres com quem me sinto completamente relaxada, que eu posso ser sincera, você parece um amigo gay, rãni! Hahahaha


Eu fiquei pensando nisso outro dia e dei muita risada sozinha. Porque com a gente não tem competição, não tem rivalidade, não rola a famosa disputa mulézinha tão triste e tão comum, que enche os pacova de qualquer cidadã. Pode ser a distância geográfica, pode ser a virtualidade da coisa, mas eu acredito mais que é por ter encontrado uma pessoa que pensa um pouco como eu, que não agüenta esses rotulinhos como eu, que não suporta essas regrinhas como eu e que não cabe nas classificações rápidas. Porque você não cabe mesmo!!!


Amoreca, esses homi tão perdendo tempo ai em Sampa. Aqui no Centro-oeste, se vc fosse homem ou eu, a gente tava jurada de amor eterno. Eu casava com vc, frô, e te fazia a criatura mais feliz e radiante do planeta!


O que eu te desejo é a felicidade que vc deseja elevada ao cubo.

Isso mesmo!Tooooda que você possa suportar!


O resto, fiota, vem. Porque você merece muito!

É Big, é big é big é big é big!

Te amo, Tatu!

Atualizando: o hiperlink tava errado lá em cima no CLIQUE!

Agora tá certinho! Ouçaaaaa!

terça-feira, 23 de janeiro de 2007

A menina

Sabe a menina da cidade que corre pro ano passar logo e poder ir pra fazenda?

Sabe aquela menina que mal chega já é a primeira a entrar e a sair e a fazer arruaça e a subir nos pés de fruta e se fartar de comer carambola, umbu, seriguela, manga, até ficar com a boca colada de mangaba?

Sabe aquela que no terceiro dia mancha os lençóis da cama num suor rosado de tanta jabuticaba?

Sabe aquela menina que sente uma saudade constante do mato, dos pássaros, do cheiro de orvalho da manhã, do calor do leite recém tirado, da luz escura da cozinha dos fundos da casa de fazenda?

Sabe aquela que monta o cavalo a pêlo e some no pasto a perder de vista?

Aquela menina tagarela que entra nas propriedades vizinhas, puxa papo, toma suco, esvazia as latas de biscoito de nata, conta causo e depois some feito ventania?

Pois, como eu ia dizendo, ela é a mesma que se perde de encantamento, mudinha a ouvir as histórias longas dos mais velhos e sabe todas de cor. É ela mesma que perde a hora olhando os tachos de cobre cheios de doces, mexidos pelas mãos fortes das mulheres. É ela que arremeda os tios e faz os primos rolarem de rir.

Um dia a menina acordou com a mesma saudade de antes, com a mesma vontade de antes, mas viu que era uma mulher. Pensou que já não podia falar tanto, correr tanto, trepar nas árvores e montar cavalo sem cela, nem imitar os parentes. E a vida a levou pra bem longe da fazenda, dos pés de frutas, dos cavalos e bois, do orvalho matinal, do canto dos pássaros, dos tios avós...Mas ela só precisa de uns poucos minutos, umas poucas mangabas tiradas do pé, um tacho girando uma compota de caju, um “Deus lhe abençoe” ou um cheiro de mato pra voltar a ter 11 anos.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2007

Be Up to Date

Como a vida não pára enquanto eu conto a Saga de Verão, vou intercalar com o que anda rolando por acá, 'cumbinado'?

# Poizintão,
tanto pedi pra não chegar debaixo de uma chuva torrencial aqui, que Ele atendeu e fez ainda mais: igualou a temperatura daqui com a da Bahia...no verão, é lógico! Santo Deus! Eu quero trabalhar de canga, biquini e havaianas!


# Correria desabalada por conta do PAC. Querem ver o que é?
Para ter acesso ao Programa de Aceleração do Crescimento - PAC:
O documento está disponível para download AQUI, tem 32Mb, pode ser acessado diretamente na página principal (ícone à direita), ou no menu (à esquerda), no item “Informe da Hora”.


#Viciar no Chico é natural, né?
Diga que sim, porque eu ando toootalmente Idéiafix, o cachorro do Asterix, com a Caixa de DVDs! Têm sido assim minhas horas de entretenimento, embasbacamento, encantamento, babamento.
Da mesma maneira, vcs podem imaginar que o meu soundtrack não tem variado muito de autor, pois não?
Vejo de noite e cantarolo de dia.
Não reclame, não...a sorte de quem me ronda é eu ter bom gosto, sabe?
hahahahahahaha
Eu podia ser loira falsa e cantarolar calypso.

# Tem umas coisas que simplesmente arrefecem, perdem a vivacidade, afrouxam, abrandam. Assim mesmo.
A fruta não fica'de vez', amadurece e cai do pé?
É simples assim.
Eu se não tivesse prestado atenção à natureza, estaria rebeldinha agora.

Sabia que tinha zebra na Bahia? Nem eu...

Seu Bebeto & familiares* tomam água.
(*Donos, proprietários, locatários da minha Housedência de verão)
Então, eu finalmente saí de férias, como previamente avisado a todos vocês, mes amis.

Aluguei uma casa via internet, pela recomendação de uma grande amiga que conhece a área e organiza o festival de ano novo em Pratigi/BA.

Cai no conto do vigário, literalmente.
Vocês lembram das fotos que eu postei aqui?

Lembram que charmosinha era a casa, aconchegante, ladeada por uma bela florestinha tropical?

Engodo, beibes. Esse era o nome do negócio em que me meti!

Chegando lá a casa não era nem uma Black ‘n’ Decker, a florestinha havia se transformado em canteiro de obras de uma pousada, a mínimos 10 metros da minha varanda, transformando tudo aquilo num cenário inóspito e imundo.
Sim, eu lavei a casa, com uma mangueira, do teto ao chão.

Ah, e a casa de dois andares não tinha dois andares para mim!
O de cima era de um quarteto paulistano, gente boa e coisa e tal, mas infelizmente tiveram que improvisar uma escada externa porque eu neguei peremptoriamente a passagem por dentro da MINHA casa, já que o combinado era que aquilo tudo seria meu e de mais ninguém, certo? E tudo devia ser lindo, não é?

Errado.

Meus pratos, talheres e panelas certamente eram itens de uma herança muitíssimo mais velha do que eu. A geladeira marrom, além de não funcionar, tinha meia tampa decorada por uma belíssiima ferrugem, pena que não funcionasse. Uma ou duas panelas apresentavam cabos intercalados – de um lado sim, do outro não -, as outras traziam aquele tom amarelado e fundos disformes. Os talheres tinham até marca de dente! Deve ser esse o tal estilo Vintage, né?!

Confesso que tive um siricotico azul quando entrei no meu mausoléu de veraneio, mas também fiz da vida de um certo locatário um inferno dantesco... até que resolvesse tuuuudo que eu precisava.

Depois que tava tudo funcionando, eu curti uns 3 dias e me mandei de mala e cuia. Rumo a Salvador. Só de chegar lá eu já relaxei. Casa de vó, né?
Comidinha, colinho, cafuné...beira-mar, ainda por cima...tudo de bom!

Filho debandou lá mesmo. Eu e marido seguimos pra Barra Grande, mas esse é outro capítulo da Saga de Verão.

Se foi bom?

Apesar da introdução, amores, foi maa-raa-vilhosooo!

Beijos & Inté.

quarta-feira, 17 de janeiro de 2007

ó eu aqui trávêis!


Amorecos e amorecas de mi corazón,
áime béqui, mórréndo de saudade de vocês!
Muuuitas nóvidades, cáusos e risadas estão devidamente estócádos para os próximos meses.
Só que hoje é meu 1º dia de trabalho de 2007, por isso, não posso me extender por demais, num sabe?
Vóltárei, em breve.

Montes de beijocas rôôôxa de saudades


Belinha baianhinha que voltou dopadinha e amarradinha dentro do caixa do cachorro.

(em tempo: I wanna go back to Bahia!)

ps: pérceberam o sotaque?