quinta-feira, 28 de setembro de 2006

A zorra do Zodíaco

Como é muito normal em épocas de confusão, a gente, bestamente, tenta achar saídas por meios , digamos, 'diferentes'.
Lá fui eu me consultar com a tal moça que me disseram ser A TAL nessa coisa de astrologia (é uma ciência, oras... Isso mesmo, c-i-ê-n-c-i-a!). Olha o que deu...





A criatura é terra, sempre foi. Aterrada...marrom...terra, oras. Capricórnio.
Tá, tem um escorpião e um gemeozinho só pra temperar e não deixar as coisas muito maçantes, com isso eu até me acostumei, já...eu acho.
Aí, vem um planeta –Vênus -que tava ali, como quem não quer nada, só transitando pelo signo de AQUÁRIO, beeem na hora que a sujeita vem à luz?!
Ah, cara...

Vênus= Amor...ta me acompanhando?

(Anotação Mental:Vênus, na mitologia romana; Afrodite, na grega, é uma das principais deusas do panteão, filha do sêmen de seu pai, Uranus, (que teve o pênis jogado ao mar!) Ela é filha do céu e do mar – não é lindo? Seu nome em grego significa espuma(esperma) ou “a que surge das ondas do mar”, e vai promovendo o desabrochar de tudo por onde passa. Na mitologia afro-brasileira, Afrodite é a nossa querida Iemanjá...deve ser bom isso, então...)

No que ela interrompe o meu pensamento e diz: “Por causa de Vênus em Aquário, você aparenta ser impessoal e desapegada nas questões sentimentais, mas possui uma natureza fraterna e confidente. É inovadora e inventiva, dada a mudanças repentinas, à rebeldia, indisciplina e transgressão a regras e limites. Por isso, procura manter-se independente e se defende de ciúmes, casamentos ou relações íntimas que possam ameaçar sua liberdade. Voltada para o futuro, tem certa dificuldade de lidar com o aqui e agora, além de muita ansiedade.”
Tipo, não tem jeito de ser mais irritante pra si mesmo, compreende?
Ah, cara...

Meu ascendente é Gêmeos...ta bom...
“Terá grande capacidade de assimilação, percepção. Sua principal característica é a dualidade. Com a mesma rapidez com que se deixa levar pela cólera, retorna ao seu habitual estado de calma, mas também sabe transmitir simpatia e afetuosidade porque possui um desdobramento incrível para conversação e comunicação.”
ãrãn...

Ah, minha Lua é que é em escorpião...sei... Lua em Escorpião é o quê?: “Ah, expressa a necessidade de intensidade, de intimidade, de cumplicidade e de lealdade. Mas para você, a coisa é: olhos nos olhos, é pra valer. Mentira, pra você, é a morte. .Sabe como ninguém das loucuras da alma, sabe acolher os sofrimentos, se banhar em lágrimas, ser cúmplice, mais sempre junto e encarando a verdade. Expressa a sua relação com sexo e dinheiro, que nada mais são do que instrumentos para sua felicidade. E isso é ótimo!”
Ah, cara...

Olha o que a criatura sorridente e zen (claro! Ganhando os tubos por hora e meia de assuntos astrológicos, até eu sou zen, beibe!) me diz com a cara mais bonitinha. "Quero voltar à Vênus, no seu mapa. Estamos na primavera que é regida por Vênus No seu caso, é Aquário, né? Bom, esse é um signo de Ar, de natureza humana e, desse modo, podemos dizer que está relacionado ao conceito mais amplo do que significa a palavra "amor": o amor enquanto uma energia que respeita a natureza do outro, que contempla o outro como uma pessoa independente, é o amor "amizade". E, de fato, os afetos de Vênus em Aquário nascem através do conceito da amizade, seus interesses pelos outros derivam das relações que sejam pautadas por um profundo respeito pelas diferenças alheias. Como todo signo de Ar, Vênus em Aquário corre o risco de se ver perdido em teorias muito bonitas sobre o que é o "amor", e terminam se chocando quando vêem que, na prática, o buraco é mais embaixo. Em teoria, por exemplo, Vênus em Aquário considera sentimentos como "ciúme" e "posse" coisas ridículas, o que não significa que na prática não os sinta... Mas se esforça tremendamente para excluir tais coisas "primitivas"..."

Isso é o lado bom, cara...?!

Ããããããããiiiiiiiiiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnnn, caraaaaaaaa!

quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Atrasadinha

Eu sou meio lenta, tá?
Vi ontem a convocação da Mani e da MM pra postar sobre ética...fiquei a ler os demais e matutar e o dia acabou.
E em 24 horas tanta coisa ocorre, corre, surge, se sente e pensa, se vê...acontece...
Só hoje me dei conta de que não tinha escrito nada sobre o asunto. E voltando nele, lembrei de um poema da minha amada Hilda Hilst, que me veio por causa da notícia preocupante de um amigo, que era dela e hoje é meu, estar adoentado e tristonho.

Gê, pra você, meu querido, a lembrança do sonho/sinal e a esperança: "Não desista!". Lembra?
Não sou em quem diz. Você sabe, eu só endosso.

Pra todos nós, o poema de Hilda.





Poemas aos Homens do nosso Tempo
de Hilda Hilst

Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.

Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974)
Poemas aos Homens do nosso Tempo - II

segunda-feira, 25 de setembro de 2006

Como ser deslegante e perder votos numa mesma tarde


Algumas pessoas podem falar alto em público, esbravejar, fazer um mini-comício, ter arranca rabo, lavar a roupa suja...anfan, produzir o famoso babado forte, pagar o maior micão.
Eu, hoje?
De forma nenhuma. Tenho pavor, medo-pânico, corro léguas!
Acho até que, na minha pré-história, pode ter acontecido (vamos dizer adolescência, no mínimo?!).

Bão, seu Janjão, ia eu tranqüila e calma pela rua, aqui do ladinho da minha casa, à paisana, até a farmácia. Entrei, achei, paguei. Sorridente e simpatiquinha, as usual, com os atendentes tão solícitos. Sai.

No que eu boto o meu pezinho de volta à rua, ouço um berro tonitruante: BEEELLAAA! Vindo de um carro de som na rua, anunciando um candidato.

Eram 2h da tarde, de HOJE, segunda-feira, ou seja, só os donos dos estabelecimentos estavam por ali, mais meia dúzia de gatos pingados que flanavam.

Eu olhei, sem acreditar que alguém das minhas relações fosse capaz de tamanho arroubo, mas vai saber, né mesmo?

E, tendo chamado meu nome, eu não tinha como não me virar, concorda?

Virei. Olhei em torno e não reconheci nin-guém...

Eis que um gajo se apresenta: - Como vai? Há quanto tempo, hein?

E eu com a maior cara de interrogação: - Tudo bom!? Mas, de onde mesmo....

Gajo: - Nossa, eu me lembro dos seus irmãos, dos seus pais, dos seus primos. Por onde vocês andam que a gente não se vê mais? E a sua avó? Menina, tem tempo demais mesmo, né?

Eu: - Deve ter mesmo...(risinho amarelo) Me perdoe...mas eu não...

...No que eu me dou conta que ele é o sujeito candidato e fecho a maior carona!

Gajo candidato: - E você? Já escolheu seu candidato?

Eu: - Olha, eu vou terminar escolhendo por eliminação...os que não me incomodaram, não sujaram a cidade, não tem histórico político...

Gajo candidato: - Você ta querendo dizer que eu tô INCOMODANDO? (Alterando a voz)

Eu: - É... Tô com pressa. Com licença, sim?

Gajo: - Mas isso fere a MINHA liberdade de ir e vir, e, afinal, eu conheço você desde criança... não posso falar com vc na rua porque sou CANDIDATO?

Eu: (“meio de lado, já saindo, indo embora”) - Tire a camiseta, desligue o carro de som, deixe de lado os panfletos, fale baixo e poderá me cumprimentar em qualquer lugar, desde que me aborde sem auto-falantes.

Gajo: ISSO É O FIM DOS TEMPOS! EU NÃO ACREDITO...(virando-se para a pequena aglomeração que se formava, tomando ares de tribuno...)

Eu?
Já tinha SUMIDO antes de ouvir as próximas três palavras do indivíduo. Mas com a enooorme vontade de mandar o cara...bão, cê compreendeu!

Francamente...

sexta-feira, 22 de setembro de 2006

Lucidez Embriagada - I


Como prometido...

Para mim e para Otto*

Preciso fundar em mim a disciplina da fidelidade. Preciso aprender a ser fiel a mim mesmo, às verdades que me são reveladas e que eu busco, num certo sentido, esquecer e malcurar, pois nenhuma tarefa é tão pesada como a de pastorear o ser das coisas que a nós se revela. Preciso aprender a trabalhar com método calmo e transparente amor. A revelação, a iluminação, nada mais representam do que o bloco de pedra a partir do qual se há de arrancar a escultura. Preciso aprender a tornar-me o escultor cotidiano, aquele que acorda e dorme a sua obra, no desfiar dos dias que se sucedem, com paciência e silenciosa paixão. Preciso pesar menos e obrar mais. Preciso ser menos eruptivo e mais fluente. Preciso fluir, manar, desdobrar-me, descobrir-me, preciso permitir que as águas venham da rocha profunda. Pois só na medida em que as águas surgem é que elas renovam. Do fluir decorre a fluência. (...) Não resta dúvida de que, às vezes, as coisas parecem que nos são dadas por acréscimo, por superabundância, por graça. Mas estas coisas que nos são dadas de graçça exigem de nós, depois, a paciente perseverança, o aturado e duradouro calor, capaz de transformar-nos nos guardiões da graça do ser que a nós se revelou. O preço da graça que recebemos é nos mantermos fiéis a ela, é nos tornarmos os porta-vozes dela, nos fazermos a voz dela, a linguagem dela. A graça quer aceder ao mundo através da nossa boca que fala. Fala boca, para que te possas, depois, calar com dignidade. Fala, para mereceres o silêncio, que vem depois, como a noite vem depois do dia. Fala.

Rio de Janeiro, 12/06/62


*bilhete datilografado, assinado por Hélio Pellegrino, para Otto Lara Resende.

Coisas que so o msn pode fazer por vc...ou...shake it babe, shake!


- Desculpa! ...mas é que eu acho que a sua pele é território meu.


Depois, minha filha, abstrai, concentra, segue sem tremer e muito sisuda no meio daqueles sujeitos engravatados insuportáveis!
Quero ver!


Notícias do mundo de cá

DESENCANTAMOS... eu e minha mais nova amiga de infância: a Lôra mais tudiobão do eixo RIO/CERRADÃO, Ângela!

Teve até gente que apostou que a gente se conhecia há uma eternidade!!!
Ho Ho Ho

Assistimos, no Cena Contemporânea (Parabéééns Guila, Gioconda & cia!) – CCBB – 21/set/2006 – 21h, ao espetáculo Por Elise, do Grupo Espanca (BH). Tem até blog: http://www.porelise.blogger.com.br/ e vai até o dia 24/set...don't u dare...

Profundo, forte, doce...engraçado, matutativo, awakening!

Texto incrível, atores brilhantes!!!! Timing per-fei-to!
Pra rir, pra chorar, pra guardar por muuuito tempo na Pandorinha.



"Se você me trouxer o seu lar...
Eu cuidarei do seu jardim..."


Texto e direção: Grace Passô...a criatura tem 24 anos, cara! É a mocinha que apresenta o espetáculo!! Tipo uau total!

Recomendamos fortemente, né, Lôra?

Assim como a ida ao Beira's, logo em seguida, pra prosear ad infinitum e rir mooooito!


***
Entra no ar o novo webjornal Caleidoscópio!
Só notícias indispensáveis para o upgrade da humanidade!


1 - Um homem foi impedido de entrar numa loja por ser parecido com Osama Bin Laden!

2 - Fazendeiro fica nove horas pendurado no mastro da bandeira, em plena Praça dos Três Poderes!
Fica em frente ao Palácio do Planalto, na janela do Lula...pra quem não ta ligado....
Dizem que ele protestava por tudo e todos.
sabe o que ele ouviu como resposta?
TEJE PRESO! Tolinho!

3 - Hoje tem eclipse do sol! Dizem que isso fecha um ciclo, digamos, "agostino". Amém, minha Nossa senhora das constelações!

4 - Uma menina passou 8 dias acorrentada por não beijar um homem – o pai dela!

5 - Os Correios acharam revólveres dentro de uma mortadela!

6 - No interior de Minas, uma cidade inteira está a venda por R$6 milhões.
Será qual essa?
Será que os cidadãos tb vem no pacote? Tipo, porteira fechada?
E eu seria Dona e senhora de TOOODOS por lá?
Será que ouviram minhas orações mesmo?!
:0)
7 - E não é que descobriram a menina mais velha do mundo?
Lá na áfrica, desenterraram um fóssil de 3 milhões de anos... era uma menininha!
Cê acha que eu inventei, darling?
Ta tudo na mídia...Timtim por timtim!
Não é construtivo, indispensável, prioritário e abismante?!
Deve ser isso que se chama ter como foco o cidadão, neam?
Poizintão...

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

âpideitin'


Amores, queridos, fofoletes, amorecas e amorecos, frôzinhas e gatões,

Tô respondendo lá nos comments mesmo.

Não há motivo para mágoa, visse?

Olhem lá.



quarta-feira, 20 de setembro de 2006

Deep dive

(Foto: Bonito/MS)

Há pessoas, acontecidos, formas, cheiros e sons que me conduzem a lugares profundos. Não me pergunte, eu não sei identificar com antecedência o porquê. Na hora, essas coisas me pegam pelo pé e me obrigam a um mergulho fundo. Tô no meio de um desses agora mesmo.

É que sempre tive um grande encantamento pela história de amor de Helio Pellegrino e Lya Luft. Também por motivos pessoais e transferíveis (quem não gosta de contos de fada e histórias de amor, levanta o dedo!), mas muito por ver neles a representação de que é possível viver um amor pleno, intenso e maduro entre duas pessoas inteiras.

Ela, romancista, poetisa e tradutora e também professora universitária e...amiga de Caio Fernando Abreu.

Conheceu Celso Pedro Luft, seu primeiro marido, quando tinha 21 anos. Ele tinha 40 e era irmão marista. Foi numa prova de vestibular. Achou-se ridícula quando pensou: esse é o homem da minha vida! Pois, o irmão marista tirou a batina para casar com ela em 1963.

Nessa paixão, começou a escrever poesia. Os primeiros poemas foram reunidos no livro "Canções de Limiar" (1964). Tiveram três filhos: Suzana, em 1965; André, em 1966; e Eduardo, em 1969. Foi casada com Luft dos 25 aos 47 anos.

Ele, psicanalista, parte de um quarteto de malucos-mineiros-beleza (Fernando Sabino, Otto Lara Resende e Paulo Mendes Campos formavam o resto do grupo...pense bem!), poeta e ensaísta, um ser político na essência e um eterno comprometido com o outro. Tinha, como ele mesmo dizia, a missão de ouvir o outro e tentar salvá-lo, por meio da liberdade. Hélio casou-se, em 1948, com Maria Urbana, com quem teve sete filhos. Maria Clara, Pedro, Hélio, Clarice, Tereza, Dora e João Guimarães Pellegrino. Ficaram juntos por 40 anos. Em 1974, casa-se com a física Sarah de Castro Barbosa, sua companheira por sete anos.

Em 1985, Lya Luft e Hélio Pellegrino se encontraram num congresso de escritores em São Paulo. Conheciam-se apenas de nome; depois, por cartas.
Lya se separa de Celso Luft, para viver com Hélio em 1986. Isso mesmo, menos de um ano...Nove meses depois do primeiro encontro iniciava-se o casamento entre os dois mitos. Uma mulher disposta a começar tudo de novo. Um homem "em sua melhor fase; fascinado pelo mistério: de Deus, da vida, das pessoas, da natureza".

Tragicamente, Hélio morre do coração, em 23 de março de 1988.

Lya, viúva, escreve “O Lado Fatal”, no mesmo ano. Um desabafo, um grito de beleza e dor, uma confissão de abandono e teimosia.

Leia que é maravilhoso. Mas só se você estiver numa fase de forte e sólida felicidade. Caso contrário, faça poupança pras caixas de Kleenex e pro Rescue Remedy.

Bom, há dois dias caiu em minhas mãos LUCIDEZ EMBRIAGADA (só o título e capa já me instigam a ler cada letrinha até o final!), o livro organizado pela neta de Hélio, Antônia. E eu não me canso de ler e reler, com gosto e espanto reflexivo.

E ainda tem uma surpresa, ela é bloggeira também!!!


Entonces, vou ficar aqui, dividindo com vocês fragmentos maravilhosos de Hélio Pellegrino.
Pode, Antônia?

segunda-feira, 18 de setembro de 2006

Bela's evolutions...ou será mesmo que eu melhorei?

Um amigo lembrou hoje de um post de quase um ano atrás e me perguntou como seria, hoje, se tivesse que reescrevê-lo. Embarquei na viagem dele e taí. Agora vou lá caçar o antigo pra saber o que foi que mudou. Na verdade, é só pra ver se eu acompanho a ilustração do post, sabe comé?

Acordo sempre cedo. Meu primeiro pensamento do dia, assim como os meus olhos, vai pro céu, depois pros meus amores, depois pra uma fruta doce e madura qualquer, de papaya a sapoti. Café eu deletei. Incrível, né? Mas eu consegui.
Não como mais carne vermelha, nem derivados de leite (embora sofra horrores por um bom queijo e uma manteiga, confesso!). Não bebo porque não gosto, mas sou boa de carona. Sempre sorrio ao falar, mesmo ao telefone. Tomo banho de água fria ( menos no inverno brabo que eu não sou doida!). Me estico até não mais poder. Cozinho e como com gosto, mesmo a contragosto.

Adoro meus bichos, os meus próprios e os que vivem em volta por mera coincidência. Cuido deles como dos meus jardins pelo mundo, que eu nunca plantei, mas trato a pão-de-ló.

Rezo por mim e pelos meus, sem esquecer os que não vingaram, os que estão sem nada, os que sumiram no mundo, os que andam sem rumo, desabrigados, abandonados, carentes de tudo. Tenho a arte como cura e benção. É só o que me salva dos descaminhos...além do riso farto e rouco dos filhos, do beijo doce, dos olhinhos negros e pidões do caçula ou dos amarelos exigentes do mais velho. Ah, e das palavras salva-vidas que vêm dos amigos.

Gosto de gente. Vivo e trabalho com gente. Administro bem gente. Mas adoro a solidão bem temperada. Gosto de amigos em bandos, animados, críticos, questionadores e fanfarrões, com projetos de vida e cheios de uma deliciosa irresponsabilidade.

Sou teimosa, chameguenta, posso até ronronar se você duvidar. Me acho linda até quando não sou. Detesto críticas sem boas intenções. Não pergunto se não quero saber. Não digo se não me perguntam. Não suporto preconceitos em geral, essa é uma regra sem exceção.

Não grite, não me invada, não me desrespeite, não seja rude, nem grosseiro. E eu serei um doce, assim...Ou um monstro da outra forma, sorry.

Só grito se doer, choro se doer mais e abandono se doer muito e por muito tempo... Mesmo que doa...Muito.

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

Surpresas que a vida nos reserva...ou que delícia!!! Comassim?!


Ontem mesmo eu tava reclamando no montinho de bad news que vinham se enfileirando e, de repente, do nada, surge uma pessoa de coração espevitado, que não se anuncia, que não se mostra e me manda isso junto com um arranjinho de flores, daquele tipo japonês (ou chinês...como chama? Ikebana, isso!) mais lindinho do mundo.

É. Foi parar sobre a minha mesa sem remetente.


"Oh Bela, gera a primavera
Aciona o teu condão
Oh Bela, faz da besta fera
Um príncipe cristão
Recebe o teu poeta, oh Bela
Abre teu coração
Abre teu coração
Ou eu arrombo a janela"

"A bela e a fera" de Chico Buarque de Hollanda


Ganhei o dia!
Merci!

quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Era do Rádio



A Rádio Nacional do Rio de Janeiro completou setenta anos. A emissora carioca foi o berço da época de ouro do rádio no Brasil e o principal veículo de comunicação nas décadas de 40 e 50.

No dia 12 de setembro de 1936, às 21h, foi inaugurada oficialmente a Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Seria o começo da Era do Rádio no Brasil. Em pouco tempo, o país inteiro ouviria suas rádio-novelas, seus programas de auditório e viria surgir muitas estrelas da nossa música como Cauby Peixoto, Emilinha Borba, Marlene e Ângela Maria.

Com o surgirmento da televisão, não só a Rádio Nacional, como todo o rádio, perdeu audiência e glamour. A emissora do Rio de Janeiro foi sucateada e só veio a ressurgir numa parceria da Petrobrás com a Radiobrás. Em 2004, a emissora foi reinaugurada.

Hoje, modernizada e reformulada, a Rádio Nacional voltou a ser líder de audiência no estado do Rio.

Eu sou apaixonda por rádio. Diferente da quadrada TV, acho um dos veículos mais criativos e democráticos hoje.

Presentinho: Especial Rádio Nacional


PRK-30 marca por 18 anos o sucesso dos programas humorísticos no rádio brasileiro


Rádio Nacional 70 anos: Balança Mas Não Cai, outro programa de humor, fica no rádio por 17 anos até passar para a televisão


Repórter Esso fez história no radiojornalismo brasileiro


Em 1951, entrava no ar a mais famosa radionovela do Brasil, a cubana O Direito de Nascer


Jerônimo, o herói do sertão, sustenta 14 anos de aventuras no rádio


Trem da Alegria descobre Lamartine Babo em 1937


Rádio Nacional 70 anos: Humor do programa PRK-30 não livrava nem o pessoal da rádio


Dupla Jararaca e Ratinho conserva 70% de audiência durante 23 anos na Rádio Nacional


A Hora da Ginástica começou com a Rádio Nacional em 1936


Rádio Nacional 70 anos: Sátira política de Alvarenga e Ranchinho chegou ao presidente Getúlio Vargas


Henriqueta Brieba foi atriz da Rádio Nacional por 29 anos, desde 1943


Rádio Nacional 70 anos: Balança Mas Não Cai ficou na Rádio Nacional por 17 anos


Repórter Esso terminou em 1968 com choro do apresentador

Afinal, o que quer essa mulher?

Por Gilson Caroni Filho para Caros Amigos

Afinal, o que querem as mulheres? A indagação atribuída ao pai da psicanálise, Sigmund Freud, parece passar por uma atualização perversa quando a deslocamos do contexto em que teria sido formulada originalmente para o nebuloso campo da política brasileira, precisamente quando observamos o que tem dito a candidata á Presidência da República, Heloísa Helena (PSOL-AL) ao tentar produzir sua significação. Por sua prática discursiva, faz todo sentido perguntar: afinal, o que quer essa mulher?

Apresentada como alternativa de esquerda a uma suposta polarização falsa, a senadora se desloca com velocidade espantosa da condição de “fenômeno” para uma caracterização que beira o ridículo. Presta, sem pestanejar, dois desserviços: à luta das mulheres brasileiras por uma inserção ativa no espaço público e à crença de que trariam um aporte diferenciado à esfera política. Sai fortalecido um imaginário que julga ser possível reduzir o gênero feminino a um jogo cego de pulsões.

Quando diz que uma eventual vitória em primeiro turno do presidente Lula poderia trazer conseqüências negativas para a democracia, Heloísa alega que "seria a vitória do parasitismo político, de mensaleiros, sanguessugas e outras formas mais degeneradas de apropriação do aparelho partidário por uma gangue partidária". Nesse ponto, o que a diferencia, em termos argumentativos, de um Bornhausen ou mesmo de um Jair Bolsonaro? Ou será que há lugar para ambos no socialismo figadal da senadora alagoana? Afinal, o que quer essa mulher?

Ao afirmar que se tiver a honra de chegar ao Palácio do Planalto, nem Chávez, nem Bush mandarão no seu governo, para que moinhos a candidata do PSOL leva sua água? Para uma esquerda que pretende manter a política externa como expressão de soberania e integração solidária na América Latina ou para a inserção subalterna pretendida pelos tucanos? Com tanta ambigüidade e dissimulação, cabe novamente a pergunta. Afinal, o que quer essa mulher?
E quando assegura, em sabatina promovida pela Folha de São Paulo, que não dormiu com o " cara"( o ex-senador Luiz Estevão), enfatizando que " não durmo com homem rico e ordinário, eu vomito em cima", que estratégia se pode vislumbrar? Um socialismo escatológico que almeja seduzir a classe média com fantasias bizarras? A luta de classes reposicionada no libidinoso terreno dos fetiches? É dessa forma que sua candidatura cumpre a promessa de ressaltar as virtudes da mulher brasileira?

Na reta final da campanha, a pergunta recorrente parece encontrar uma resposta bem mais simplória do que imaginávamos no início. Afinal, o que quer essa mulher? Simplesmente aparecer. É humano, mas é muito pouco. E para a democracia brasileira, um episódio que deve ser esquecido.

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Gilson Caroni Filho é professor de sociologia da Facha (RJ). Colabora com o JB, Observatório da Imprensa e La Insignia.

***
Eu acho simplória a explicação e um pouco excludente, talvez até machistinha, mas é um bom ponto de partida pra se discutir os interesses tão diversos que podem levar um sujeito à Presidência.
Poderíamos generalizar a pergunta para todo os candidatos: O que querem essas criaturas?
***
"Por enquanto é só pessoal..."
BOOOM DIAAAA!

terça-feira, 12 de setembro de 2006

Em pedacinhos


Eu preciso ficar só
Ele me pede: Vem...
Eu digo que só sei me achar no meu turbilhão solitário.
Junto eu me perco em tramas e pernas alheias.
Ele insiste: Vem comigo.
Eu teimo em trilhar só o labirinto do meu abandono.
Sofro e choro, até quero colo, mas quero mais bem a mim.
Inquiro: Entende?
Ele firma: Vem agora, basta!
Eu viro as costas, sigo em frente.
Argumento que o único cavaleiro do meu sofrimento sou eu.
Que ele há de ser partido, quebradinho em pequenos pedaços.
Quem sabe assim desmontado, se perca, não mais se junte e desapareça.
E as partes e o todo são meus, não sei doar dor.
Ele chora: Veeeem...
Eu persisto e parto.
***
Antes que se assustem...eu já estive assim...não mais, honey!
I'm fine!

sexta-feira, 8 de setembro de 2006

Bravo, bravo!!!


Este mês tem muita coisa boa ai.
Cliquem na capa, vão ao site e deliciem-se com Bandeira e Drummond declamando seus próprios versos. Com Devendra Banhart e suas músicas psicodélicas. Leiam trechos de "Biblioteca à noite", do argentino Alberto Manguel, que parte da Torre de Babel e da Biblioteca de Alexandria pra explicar um pouco do fascínio que as bibliotecas provocam. E vocês ainda podem ganhar CDs ma-ga-vi-lho-sos, se acessarem o site até 30/09.
Contradição?
Ne-nhu-ma!
Semanários fofoquísticos eu não cito nem o nome, mas coisas boas assim, eu faço até propaganda de grátis, fófis!
***
Chega de conteúdo e vamos à superficialidade fifi que há em cada uma de nós?
e baixem os modelitos noir do revolucionário japonês Yohji Yamamoto e saiam 'causando' everywhere.
Que mané Bangu o quê, darling!?
Catanduvas tremerá!
***
***
Tô sequelada. Jurei de pés juntos que era seu aniverário!
Não importa, continuo desejando tudo aquilo, em qualquer época do ano. :o)
Mudando de pau pra cavaco, você viu a tal revista Lemonland???
Deslumbranteeeee!
E ainda tem entrevista com o Gene Hackman...ó, pr'ocê ver que luuuxo!

quinta-feira, 7 de setembro de 2006

saindo da concha...ou depois da tempestade


Minha espécie tem algo de Mollusca.
Minha concha de emergência fica bem guardada pros meus períodos de hibernação. Que é quando eu me separo por opção do resto da humanidade e fico bem guardadinha, em respeito ao meu tempo de muda.
De repente, eu me resolvo e saio de novo pro mundo. Cheia de saudades, novidades e novas formas (em vários aspectos).
Então, é isso. Queria pedir sinceras desculpas pelo meu sumiço das casas alheias que eu costumo visitar, dizer que eu tô com saudade XXG de um bando de gente e que, sem brigar com o relógio, eu vou voltando, desestrassadinha.

***

Olha o que maravilha que a
Lígia descobriu: http://www.youtube.com/watch?v=aeeR4Vnvs8U

Não deu pra postar direto porque eles desabilitaram o embedding...
mas essa é a ginástica dos meus sonhos!

***

Tô indo agorinha lá no Municipal*!
E, de noite, quem estiver em Brasília e quiser rir muito e me ver, estarei no Teatro de 5ª*!



* não sabe do que se trata? leia abaixo.

quarta-feira, 6 de setembro de 2006

Teatro de 5ª!?


Digam oi, pouvo!
Esses ai são Similião e Ribamar.
Eles são os mestres de cerimônia e atores principais do TEATRO DE 5ª!
Num dia que não há muito o que fazer nessa cidade, eles são garantia de muitas e boas risadas.
Textos ótimos, direção ótema, figurinos indescritivelmente fantastique, atores e convidados excelentes.
Nesta quinta-feira, 7 de setembro, feriado nacional e coisa e tal, se o seu programão não for ver a banda passar...be my guests!
E não se atrasem. Começa às 20h32, no Teatro da Escola Parque e custa a bagatela de 10 reáu.


terça-feira, 5 de setembro de 2006

Mercado Municipal em Brasília!!!


Olha, não sei vocês...euzinha aqui, tô me carcomendo na ansiedade de pôr os meus pezinhos, olhinhos, narizinho e todo o restinho neste estabelecimento!
'Inda bem que beber eu não bebo, e comer pra mim, por enquanto, só lights, organics and so on, mas posso lamentar pelos meus amigos...
O trem funciona twenty-four-hours-a-day...ou seja, agora é que o mundo se acaba em cachaça e colesterol!
Abriu ontem, fiotes.
Não esqueçam a colherinha de azeite de oliva antes e o engov después!
Bora?

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Can u see me?


Poizé...Tô na correria desabalada. Literalmente no olho do furacão.
E mesmo que me perguntem se isso vale, já que ali tudo gira em torno e nada fica como ou onde estava antes...
(...e quem disse que o que eu quero é o que estava antes?)
Só sei que tive ganhos caríssimos nessa tempestade...coisinhas translúcidas, claras e tão novinhas que me dão ar novo, novos olhos, um coração novo...
...quase novo.