terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Diário de Moreré


Essa é a vista da parte de Moreré onde eu quarava ao sol e na salmoura, como bem disse a minha amada Roma. Na hora do sol mais cruel, eu me resguardava na sombra das amendoeiras, onde era muito bem tratava à base de água de côco e delícias regionais como lambretas, ostras, lulas, lagostas, camarões... uma vidinha bem 50%, como vocês podem perceber.
Depois daquela ponta de areia, andando mais um pouquinho, você cruzava um rio e estava em Boipeba, a parte mais movimentada da Ilha, lugar, aliás, pra onde somente fui na passagem de ida e volta. Nesta praia é possível andar um quilômetro, dentro do mar absolutamente azul, com a água pelo joelho, quando a maré está alta. Na baixa, dá na canela!
Em frente à essa praia, logo depois das piscinas naturais onde mergulhamos num mundo colorido, azul e silencioso, um maluco colocou um bar flutuante que é uma coisa de cinema.




Essa é a vila de Moreré. Ali vc encontra os nativos que escolheram esse pedaço de paraíso para viver da pesca. Entre uma parte e outra, você passa pelo inacreditável Zen, restaurante francês dos meus amigos Iann (um franco-português de alma e sotaque baianos), Olivier (um suiço-francês inacreditavelmente moreno e lindo!) e Pascoal ( um suiço-alemão que peca no português, mas esbanja simpatia).
Quando descobri esse lugar, num deck bem decoradísimo com mesas dispostas como se estivéssemos num navio, arranjos de vela com elementos da região e um cardápio maravilhoso, a trilha sonora era um acid jazz da mais alta qualidade!
Parecia mais um sonho no meio daquilo tudo e eu demorei mesmo a crer.
Isso tudo sem tecer maiores comentários sobre a Pousada do Colibri, do meu querido Jacques, um suiço-francês já completamente mesclado pela baianidade, onde fiquei num dos 5 chalés disponíveis, em meio a Mata Atlântica preservada. Ali eu acordava no alto de um monte, rodeada por bromélias, mangabeiras, coqueiros, amendoeiras, ingazeiros, samabaias e montes de beija-flores! Com a inacreditável vista da maré baixa em Moreré, às 6 da manhã, quando se avistam pontas de areia e recifes que resguardam a Ilha. Era recebida para um café da manhã, onde Jacques me fazia todas as vontades possíveis, me paparicava e me contava em francês a sua saga de 15 anos naquelas areias brancas. E onde o fundo musical nunca era menos do que Louis Armastrong.
Lá conheci Dani e Eliane (filha e mãe, respectivamente), Tatti e Frank(casados).
Elas, paulistanas. Eles, baianos.
Quatro pessoas pra conversar todo tipo de assunto e dar muita risada... na melhor das hipóteses, sobre a vida, na pior delas, sobre política.
Acho que agora fica fácil compreender o meu sofrimento por sair de lá.
Anfan, mes amis,
Tô aqui, de vorta
E é isso que importa!

Olha a Belinha aqui, gente!

Eis que chega a hora do retorno. É preciso deixar pra trás a praia maravilhosa, os amigos novos e velhos, aquele clima envolvente, descontraído e quente da Bahia, a falta de horários e de compromissos e rumar ao Planalto Central. Vôo relativamente calmo, filho dormindo no meu colo. E não fosse por um comissário de vôo paulistano estressado e mal educado, teria sido ainda melhor. Mas desembarco em Brasília num céu cinza, sem sol, muito vento, aos 22º Celsius.

Depois de 10 dias de muito sol, muita água salgada e molequeira, mesmo que não tenha feito esforços pra matutar, no meio de tanta calmaria, a cabeça acostumada ao ritmo do ano inteiro terminou processando alguns quesitos que estavam pendentes por conta própria. E tomo uns choques nessa volta. O mais evidente deles fica por conta do mau humor e das caras fechadas em contraposição ao sorriso constante dos baianos. Depois, o excesso de protocolo, de distanciamento que se impõe aqui. Coisa de maluco pra um povo que no primeiro contato trata logo de lhe deixar confortável. E em seguida vem a questão do excesso de memórias que um lugar como aquele carrega, mesmo que se faça uma conta básica e fique claro que ali eu provavelmente não tenha passado sequer ¼ da minha vida. Veio a pergunta: como eu posso ter vivido ali tanta coisa em tão pouco tempo?

Pode ter sido a inconseqüência da adolescência, com a sede de descoberta que ela traz. Pode ter sido o lugar onde, por acaso, algumas pessoas de pontos diversos se encontraram. Pode ser que pelo espírito desarmado, em férias, eu estivesse mesmo disposta a viver sem limites. Mas o fato é que naquela terra eu vivi coisas maravilhosas que se mostraram registradas em muitos lugares e vivas, apesar do tempo.

Pra que servem tantas lembranças?
Aliás, como me perguntou recentemente alguém muito, muito querido: Pra que serve tanto sentimento?

Eu vejo serventia em coisas mais práticas, não havia me questionado nunca acerca da utilidade do amor e da amizade. Mas tem coisa mesmo que se impõe. Entonces, vamos lá.

Tenho amigos pra me salvar da corrente do comum e do razoável e que me empurram pra um lugar nem sempre quente e acolhedor, mas eles sempre me oferecem a possibilidade de que um dia assim será. E lá vou eu pela mão deles, buscando ver o não tão óbvio, avaliando o que está claro, me espantando com o grosseiro, me indignando com o injusto, me deliciando com seus cuidados e preocupações, me encantando com o espetáculo cotidiano da natureza dos homens e das coisas, mas buscando sempre o não-lugar comum. Com o raro prazer de identificar ali pessoas que me explicam e me confundem pelo meu bem, que me facilitam e me complicam, que se pudessem mastigariam pra eu engolir e em outras situações, colocariam, se pudessem, um enorme abismo ou uma gigantesca montanha pra eu transpor. E talvez a serventia dessas pessoas na minha vida seja fazer com que eu viva sem jamais deixar de prestar atenção. Que eu vença, passe adiante, alcance o degrau acima, dê um passinho a mais, mas nunca pelo caminho do mais fácil, mas pelo caminho que eu tenha escolhido, sempre com o apoio, mas nem sempre com a aprovação deles.

Já o amor, eu não encontro outra serventia pra ele que não seja o de me humanizar e me fazer ver que nunca, em lugar nenhum, haverá alguém maior ou menor, diferente, melhor ou pior do que eu. Pra mim o amor só me faz ver que somos todos absolutamente iguais. E se eu amo alguém mais do que outro alguém, eu me espanto, mas sei dar por isso muito bem. Já que esse alguém tão amado deve merecer o seu quinhão a mais de amor meu. E mesmo quando um destinatário do meu amor não faz por merecê-lo, eu sei que ali está a grande provação. Ali está o teste final do meu amor por aquela criatura que pode a partir dali continuar recebendo o que eu sempre destinei a ela ou apenas terá guardado em mim o que ele mereceria receber, mas não sabe administrar. O que só me mostra mais uma vez que somos todos iguais em sabedorias e bestagens: uns sabem administrar dinheiro muito bem, mas não dão conta com o amor, e outros sabem administrar amigos, admiradores, amantes e amados, mas não fazem um ó com um copo na administração dos seus bens.

Eu só me reservo o direito de entregar a quem sabe administrar bem o meu capital de amor e quem não sabe, mas de alguma forma o merece, um dia saberá que ele só ficou guardado, estanque, como diria meu Chiquinho lindinho “O amor não tem pressa/Ele pode esperar/Em silêncio/Num fundo de armário/Na posta-restante/Milênios, milênios no ar.”

ps: isso não significa que eu não me revolte, não chore, não morra de raiva da criatura inapta, na hora do vamos ver, mas depois passa. Eu sou uma lesma! hahahaha

Bom, meus queridos, voltei!
Nigrinha, cheia de “enégia”e mooorta de saudade de vocês.

Depois eu posto o que eu escrevi lá em Moreré. Aliás, eu indico fooortemente aquele lugar. Não deixem de ir se tiverem a oportunidade!

Ah! E pra quem leu, como eu, a autobiografia da Danuza Leão, não deixe de ler “Minha razão de viver – memórias de um repórter” de Samuel Weiner. Digamos apenas que é o contraponto histórico-político que falta pro livro dela.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2006

Bela? É aquela Nêga Zen deitada na areia!



Se alguém perguntar por mim, diz que eu fui por ai!

Tá me vendo ali?

Boipeba - Moreré... é lá que eu tô!

Até a volta, meus queridos!

Dia 27 a gente se fala.

***

Olha o meu I Ching:

50. Ting - O Caldeirão

Nada transforma tanto as coisas como o Ting.

É como mudar do cru para o cozido...em sentido figurado (que esse livro ta lotaaado deles!), são os efeitos revolucionários que resultam da colaboração de um príncipe com um sábio.

O Ting significa a acolhida do novo.

Esse hexagrama é, em termos de estrutura, o oposto de Ko (a revolução), no entanto, também significa uma transformação. Ko trata do aspecto negativo da mudança, Ting mostra o caminho correto para efetuar uma reorganização social. E como Ting remete à Ch'ien e Tui, ambos significando o metal, completam a idéia de caldeirão como utensílio sagrado de cerimonial e está associado às mais elevadas expressões da cultura ancestral.

Através da suavidade, os ouvidos e olhos tornam-se aguçados e claros. O suave avança e ascende. Alcança o centro e encontra correspondência no firme; por isso há supremo sucesso!

O homem superior corrigindo sua posição consolida o seu destino.

É favorável remover o conteúdo estagnado para poder seguir o homem de valor.

Seja cauteloso aonde você vai.

As alças do Ting são centrais para receber aquilo que é verdadeiro.

O seu Ting tem argolas de Jade mostrando o firme e o maleável complementando um ao outro, do modo adequado.

Ai, môDeus!

"Vô simbora" pra Pasárgada, lá sou amiga do rei!

Pra Beth




O que é belo não desaparece jamais: transforma-se em outra beleza.

Montes de beijos.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Como se faz uma fama - Parte I

Descomplique-se...
VI - (DOUTORADO)O dissacarídeo de fórmula C12H22O11, obtido através da fervura e da evaporação de H2O do líquido resultante da prensagem do caule da ramínea Saccharus officinarum Linneu, 1758, isento de qualquer outro tipo de processamento suplementar que elimine suas impurezas, quando apresentado sob a forma geométrica de sólidos de reduzidas dimensões e arestas retilíneas, configurando pirâmides truncadas de base oblonga e pequena altura, uma vez submetido a um toque no órgão do paladar de quem se disponha a um teste organoléptico, impressiona favoravelmente as papilas gustativas, sugerindoimpressão sensorial equivalente provocada pelo mesmo dissacarídeo em estado bruto que ocorre no líquido nutritivo da alta viscosidade, produzindo nos órgãos especiais existentes na Apis mellifera, Linneu, 1758. No entanto, é possível comprovar experimentalmente que esse dissacarídeo, no estado físico-químico descrito e apresentado sob aquela forma geométrica,apresenta considerável resistência a modificar apreciavelmente suas dimensões quando submetido a tensões mecânicas de compressão ao longo do seu eixo em conseqüência da pequena deformidade que lhe é peculiar.V - (MESTRADO) A sacarose extraída da cana de açúcar, que ainda não tenha passado pelo processo de purificação e refino, apresentando- se sob a forma de pequenos sólidos tronco-piramidais de base retangular, impressiona agradavelmente o paladar, lembrando a sensação provocada pela mesma sacarose produzida Pelas abelhas em um peculiar líquido espesso e nutritivo. Entretanto, não altera suas dimensões lineares ou suas proporções quando submetida a uma tensão axial em conseqüência da aplicação de compressões equivalentes e opostas.

IV - (GRADUAÇÃO)
O açúcar, quando ainda não submetido à refinação e, apresentando-se em blocos sólidos de pequenas dimensões e forma tronco-piramidal, tem sabor deleitável da secreção alimentar das abelhas; todavia não muda suas proporções quando sujeito à compressão.

III - (ENSINO MÉDIO) Açúcar não refinado, sob a forma de pequenos blocos, tem o sabor agradável do mel, porém não muda de forma quando pressionado.

II - (ENSINO FUNDAMENTAL) Açúcar mascavo em tijolinhos tem o sabor adocicado, mas não é macio ou flexível.

I - (SABEDORIA POPULAR)
Rapadura é doce, mas não é mole, não!!!

***
Como se o meu dia não fosse suficiente, minha caixa de email me bombardeia assim, ó, bem polivalente e "epilético" (como diria a Luzia!) :p

- "O caráter é aquilo que você é no escuro e também o que você é de dia, quando acha que ninguém está olhando." (Walter Clark).


- Total Solar Eclipse Gathering -
http://www.wildartists.com/sundance

- ORAÇÃO
O Senhor é meu pastor e nada me faltará. Deita-me em verdes pastos e guia-me mansamente em águas tranqüilas. Refrigera a minha alma, guia-me pelas veredas da justiça, por amor do seu nome. Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque Tu estás comigo, a Tua vara e o Teu cajado me consolam. Prepara-me uma mesa perante os meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. Certamente que a bondade e a misericórdia me seguirão todos os dias da minha vida e habitarei na casa do SENHOR por longos dias."

obs básica: sou só eu ou tem mais gente que num guenta essa parte "a Tua vara e o teu cajado me consolam"? Deus me perdoe, mas num tem Papa que me faça ficar séria nessa passagem!

- 3ª Visita do Dalai Lama ao Brasil

- Bacalhau gratinado com feijão

- Convocação!
Seguinte, pessoas:
Sábado, a partir das 18h, acontecerá a primeira edição de comemoração do NIVER DO VOVÔ (primeira pq ainda está de pé a super comemoração Dri x Uver no Sassá em março, não fiquem tirstes!). É na chácara dos pais do Juliano, sócio do Uver.

MODELOS SERÃO FOTOGRAFADAS NO LOCAL E PODERÃO SER COMIDAS APÓS A SESSÃO!!!

hahahahahahahahhahahahahahahahahaha
hahahahahahahhahahahahahaahahaha

Não se preocupem, não entrei pro time de lá, foram exigências do aniversariante dar as notícias assim!
Tio Uver resolveu juntar o útil ao agradável: precisa fotografar os 30 sabores de pizzas da pizzaria e, já que elas vão estar por lá mesmo, vamos ter que comê-las, regadas a chopps, drinks e butter music! Oh, q chato!

- O resumo Veja, Caros Amigos e O Globo.

- Discursossss ( muitos, vários e todos muito bons, como vcs podem imaginar!) do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de num sei quê, num sei onde...

E pra fechar com chave de ouroooo:

"SEMINÁRIO AYAHUASCA" - DIAS 08 e 09 de março - Rio Branco / ACRE
Em 04 de novembro de 2004, através da Resolução nº 5, o Conselho Nacional Antidrogas (CONAD) estabeleceu a criação de um "Grupo Multidisciplinar de Trabalho" (GMT) para o levantamento e acompanhamento do uso da ayahuasca no Brasil. Este grupo será composto por seis especialistas indicados pelo CONAD e seis representantes dos grupos religiosos usuários de ayahuasca.
O CONAD convida todos os grupos religiosos usuários da ayahuasca no Brasil, para o "SEMINÁRIO AYAHUASCA". O objetivo é realizar uma ampla consulta para a indicação de seis representantes dos referidos grupos, cujos nomes serão submetidos ao Conselho Nacional Antidrogas - CONAD, com vistas à composição do GMT - Grupo Multidisciplinar de Trabalho. A função do grupo será discutir diferentes aspectos relacionados ao uso da ayahuasca no Brasil.
INSCRIÇÕES
CONAD -
conad@planalto.gov.br


Quer dizer que, se houver, um dia, um serviço secreto que se interesse pela minha p'ssoa, os caras vão dizer que eu sou, pela ordem:

enrolada/complicada, mau caráter, tranceira, religiosa (meio herege), exotérica, comilona, "lébisca", razoavelmente bem informada, próxima do Lula e tomadora de Ayahuasca???!

Que be-le-za!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Mais uma listinha! Eba!

Uh baby people,
roubado e postado!


Perfil do consumidor, hoje

Ator: Jack Nicholson
Atriz: Anne Bancroft
O que você nunca faria: Muita coisa!
Pasta de dente: da Welleda
Parte do corpo do homem que mais gosta: Bunda e pernas
Cantora: Billie Holliday
Homem elegante: Humphrey Bogart
Homem bonito: Fábio Assunção e Benício Del Toro
Mulher bonita: Cindy Crawford
Comida: peixes e frutos do mar
Sonho de consumo: Um barco
Coisa que mais gosta de comprar: Guloseimas diversas
Mulher elegante: Rita Hayworth
O que você não usaria: Dentadura
Sabonete: Granado Líquido
O que vc gostaria de fazer hoje: Estar na Bahia
Que loja você gostaria de assaltar: A padaria do Olivier Anquier ou o restaurante Dom com os respectivos proprietário dentro!
Tipo de homem: morenão
Defeito: Impaciente e inconstante
Bebida: Água, café, Bordeaux ou Chablis!
Loja: DasPU
Refrigerante: água tônica
Flor: Gérbera
Revista: Gula, Caros Amigos, Carta Capital, TPM
Gênio: Dali, Picasso, Machado, Eça...ihh, muitos!
Cantor: Ben Harper & Bituca (pra ouvir sem ver!)
Pintor: Picasso, Dali, Klimt, Van Gohg, Gauguin
O que você não consegue mais ouvir: Tô ficando atoladinha!
Filme que você queria ver agora, sem ter visto antes: Blade Runner
Personagem da ficção: Charlie Chaplin
Herói: Wolverine
Uma das coisas que você gostaria de ter e não tem: Discovery (o carro!)
Caderno Cultural: Idéia
Programa de TV: Sessão da Tarde
Lugar que gostaria de conhecer: Turquia & China
Filosofia de vida: Seja o melhor que consegue ser
Cena mais sexy do cinema: O Paciente Inglês, com Ralph Fiennes e Kristin Scott-Thomas na parede!! Uh!
Que filme você gostaria de rever: agora?!...O Incrível Exército Brancaleone ou um do Jerry Lewis
O que você nunca comeria: aracnídeosss, cobra e cachorro
Salgadinho predileto: Croissant. Não gosto de salgadinhos.
Doce: Bavaroise de pêra geladinha com massa de amêndoas! Huuuum!
Diretor: ...es, né? Kubrick, Coppola, Scorcese
Quem você gostaria de namorar: segredinho!
Que livro você está lendo: Descobrimentos, do Eduardo Galeano
Se pudesse escolher um rosto pra você, qual você escolheria?: o meu com um pouco menos de nariz
Animal predileto: homem
Verdura: cenoura
Viagem que gostaria de fazer: Saindo de barco, da Grécia pra Turquia
Presente inesquecível: Um livro e meu primeiro carro
Amor inesquecível: Um da minha adolescência
O que nunca assistiria: filmes de terror e aqueles de pastelão from USA
Jornalista: Dora Kramer
Livro marcante: 100 anos de solidão
Canal de televisão: GNT, discovery e telecine premium
Pessoa engraçada: Luis Fernando Guimarães
Ator brasileiro: Ney Latorraca
Atriz brasileira: Fernandona
Como gostaria de morrer: rindo
Caneta: Lamy
Medo: de aranha e de ficar sem as pessoas que eu amo
Frase: Assim como são as pessoas são as criaturas
Restaurante: Alice
Modelo: Aquele Daniel Saulo que saiu do BBB...affffffe!
Humor: o meu? Fácil.
Poesia: Hilda Hilst, Vinícius, Murilo Mendes, Pessoa, Cecília & René
Em quem você tacaria uma torta na cara: na minha, algumas vezes!
Pedra: citrino (brasileira), granada e lápis lázuli
O maior crime: pedofilia e qualquer agressão às crianças
Profissão que despreza: matador
Profissão que gostaria de ter: artista com um bom mecenas
O que gostaria de fazer mas tem vergonha: cantar alto
Tatuagem: tribalzinha no antebraço direito
Chocolate: Nhá Benta
Santo: São Bento
Sonho: voar!
Show: Ray Charles, na Academia de Tênis. U2.
Time: Flamengo
Luxo predileto: viver bem
Coisa deleitável: cozinhar, cafuné e massagem nos pés
Jogo de Tabuleiro: Imagem & ação
Dia da semana: sábado
Praia ou Montanha? Os dois
Coleção: de amigos e de boas lembranças

Dando uma "sastifação"

Por uns minutos eu tive uma crise de pânico básica. Tentei mudar meu sistema de comentários para o haloscan e achei que tinha perdidos todos os que eu já recebi até hoje!
depois lembrei que não era bem assim...que eu tinha feito uma cópia do original do meu blog ontem mesmo...ufa!
Entonces, cês não podem ver, mas estão todos aqui guardadinhos, viu?

***

Rominha, seu pedido é uma ordem, beibe! Tô mandando!
Mas será que uma moça "muderna", assim feito vosmecê, num teria um servidor de email mais, digamos, generoso...?
Tipo Gmail? Esse seu ai me dá nos nervos, frô!

***

Lu, Mi, Mequinho,
óia que eu acostumo com coisa boa rápido demais...cadê vocês?

Já coisa ruim eu demoro mesmo pra aprender...cadê vc, Jeriquinho ?

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2006

Escritos quase mofados & atualíssimos

O tempo passa e tudo aquilo que tinha sido um sonho era agora a sua realidade.
Não podia mais brincar, não tinha tempo. Quase não ria, tampouco se dava ao choro. A não ser uma lagriminha ou duas no final de um filme, numa poesia, na musica ou na dor alheia. Sempre isso: a dor alheia. Era só o que a comovia. Não sabia mais mergulhar, não sabia se havia fundo, não via o fundo. Só temia o escuro e desconhecido que habitavam nela.

Tinha uma ligação estranha e forte com “o de fora”. Gente, bicho, mato, água, luz. Tanto faz. Podia ser obra de Deus ou dos homens, se tivesse alguma beleza, era o suficiente para comovê-la. Bastava ser feio e sujo, lúgubre, bastava ser triste. Podia ser sublime, rico, belo, sutil ou forte...era isso: era a força que residia em cada coisa. Era a fibra de que eram feitas, as coisas e as pessoas. Era isso que a encantava e a fazia virar a cabeça, olhar mais uma vez, ruminar meia dúzia de pensamentos, sonhar à noite, sentir o coração bater e a respiração faltar.

E era sobretudo ele. Ele que a fazia crer que bem no fundo, o desconhecido não era tão assustador e podia mesmo ser, na verdade, iluminado e belo. Podia ser uma viagem de felizes descobertas. E foi por ele que ela tomou coragem e caiu, vertiginosamente. E descobriu a força, a beleza, a sublime verdade da sua alma...Até o seu escuro era claro e translúcido. Nela não havia recanto que não fosse solar, por mais soturno, ainda assim, era um reflexo da luz do sol na noite escura. Pra ela não havia eclipse ou lua nova.

Ela foi a Lua Cheia, o Sol de Meio-Dia, o Crepúsculo, o Amanhecer, uma Lua Minguante e outra Crescente. Ela chorou de saudade, de tristeza, de dor, de ansiedade. Gargalhou da mais genuína felicidade, das mais inúteis bobagens. E soube, desde então, que depois dele, ela finalmente tinha conhecido a alegria e a tristeza, a vida e a morte, a sorte e o azar, o sutil, o leve, o descarado, o tenebroso. Tinha descoberto Ela.

Então, mesmo que mais tempo passe e ela nunca mais seja dele. Mesmo que aqueles dois pares de olhos negros jamais voltem a se ver como antes - deslumbrados, assustados, acolhidos e re-conhecidos -, a parte mais funda da alma dela vai sempre ecoar o som da voz dele, vai refletir fragmentos dele. E Ela nunca mais vai voltar a ser ela só.


***

Agora, se vc quer ouvir uma coisa que não vai te deixar sentado, com essa vontade de fazer nada...se vc quer um som que te bote pra cima...
Ouça Birdland, de Miles Davis, e eu quero ver o seu mau humor e essa emburração toda continuar ai!
Comece o dia com ele. Se arrume pra sair com ele. Tome banho ouvindo ele...
Não tem erro, pode confiar!
Se quer uma continuação: Angel, com Norah Jones, do álbum Nip Tuc.
E vá pra rua ou pra cama do jeito certo!
Se vc num tem, me mande um email que eu mando pra vc.
Pelo simples prazer de ver um sorriso estapamdo, um quadril balançante e um olho que brilha na sua cara!

Só me deseje bons sonhos...que eu tenho precisado.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

indas e vindas

hoje estio,
ontem dilúvio,
e acima de tudo o sol quente que queima sem pensar no que me arde.
dentro é igual.


Isso é Rene de Paula Jr.

Antigamente eu tinha o prazer de receber esses drops de poesia e beleza todo santo dia (é que o blogger não me deixou publicar a foto). Depois, não sei se ele se encheu e nunca mais mandou pra ninguém ou se é pessoal e intransferível. O que importa é que hoje eu recebi novamente...e gostei tanto que trouxe pra vocês também.

Aliás, tem algumas pessoas que não me visitam há tempos...
Sim, isso é um puxão de orelha!
Sim, também é uma reclamação!
E sim, eu tô com saudade! :o)

***

Ah, começa dia 10.02 o Festival Nova Dança que comemora 10 anos!
Vai ser no Centro Cultural da Caixa. Acompanhem a programação que vale a pena.

***

Quem tá no sol?
Aproveite o finde por mim, tá bom?
Aqui a previsão é...chuva + chuva + ventos + nuvens + chuva.
Só me resta cozinhar, ler, dormir e comer, portanto, não digam que eu vou engordar porque eu simplesmente NÃO TENHO ALTERNATIVAS!

***

E eu tô muito estranha...existe PPM*?






*Psicose pós-menstrual

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2006

Eu hein?!

Mas como tem gente mal educada nesse mundo, né mesmo?
Gente que não segura a porta, que não puxa a cadeira, que fala alto demais, que não cede a vez, que fala no celular em todo lugar, que não tem uma palavra de gentileza, de bom dia, de obrigada, que acha que pode fazer qualquer coisa em qualquer lugar. Gente que não tem protocolo, eu costumo dizer. E eu tenho a impressão de que essas pessoas desagradáveis estão tomando, se infiltrando e contaminando todos os espaços públicos.

Ontem, fui com marido trocar um edredon, numa refinada e cara casa de artigos de Cama & Banho, num shopping no centro da cidade. Sabe aquela coisa de presente bom, mas cafoninha, cheio de flores demais da conta... poizé.
Primeiro a terrível fila do estacionamento coberto, depois a saga do elevador/escada rolante. Como encontramos o primeiro, pegamos. Dentro do elevador, quatro adolescentes tomavam sorvete sentados no chão. Isso mesmo, no chão do elevador do shopping. De repente, o único macho na espécie se levanta e resolve agredir uma das fêmeazinhas, tentando a todo custo enfiar o sorvete na cara da pobre. E foi um festival de "empurra e grita e segura" entre eles, além das palavras de ordem das outras "amigas": lambuza essa mocréia!, no olho pra borrar a maquiagem!, estraga a chapinha, a chapinha!!!.
Eu sai o mais rápido que pude daquela caixa suspensa com doidos dentro. Chocada com a grosseria, com a falta de corporativismo entre as moças e sobretudo com a falta de educação!

Saimos comentando, mas logo nos deixamos entreter por outra cena inacreditável.

Primeiro preciso dizer que todas as lojas da cidade estão em liquidação, nada menos de 30% de desconto estampado em todas as vitrines. Vai daí que na porta de uma bela e grande loja, duas senhoras ( com aproximadamente 40 anos) debatiam sobre os adjetivos de um vestido que uma delas havia adquirido com o seguinte argumento, aos brados: "mas eu num disse pra você que era pra ficar com o lilás? Esse daí é cor de cú de raposa! da cor desse seu cabelo. que é a da cor da sua pele. Eu que não saio com você vestida assim! É o que, agora? Ta achando que é carnaval e vc vai sair na Sapucaí de Mico Leão Dourado? Você nem tá podendo, hein?"

Ao que a outra responde: " Tá falando o quê do meu cabelo? O problema é o vestido, o meu cabelo ou a minha forma?"

A primeira sentencia: "Forma de Kinder Ovo, né, fofa? Com cabelo alaranjado! E o vestido é péssimo!"

Eu passei meio abestalhada pelas duas( se elas são amigas eu não sei quem são as inimigas delas!) e minha cara não devia ser das melhores quando entrei na loja ao lado pra fazer o que finalmente tinha saído de casa pra fazer. Entrei e respirei bem fundo o ar refrigerado da loja, com cheirinho de lavanda, o que me deu uma breve renovação, digamos.

A vendedora vem sorridente e surpreendentemente bem vestida e bem maquiada. Me recebe bem, me mostra os artigos que solicitei. Me serve um café. Eu falo baixinho com meu marido enquanto ela se afasta em busca da padronagem correta do novo edredon: "que coisa engraçada. Se a gente não tivesse visto tanta falta de educação antes de chegar, talvez esse cafezinho e a vendedora que nos atendeu não tivessem a mesma graça."

Num sei vocês, mas pra mim, essa coisa de educação, de regras de convivência, de ser gentil, atencioso, cuidadoso, isso precede qualquer coisa. Acho mesmo que nunca entrei em algum lugar sem dizer bom dia, com licença, por favor, sabe essas coisas?

Que povo estranho...isso parece uma raça mutante, só pode.