quarta-feira, 27 de setembro de 2006

Atrasadinha

Eu sou meio lenta, tá?
Vi ontem a convocação da Mani e da MM pra postar sobre ética...fiquei a ler os demais e matutar e o dia acabou.
E em 24 horas tanta coisa ocorre, corre, surge, se sente e pensa, se vê...acontece...
Só hoje me dei conta de que não tinha escrito nada sobre o asunto. E voltando nele, lembrei de um poema da minha amada Hilda Hilst, que me veio por causa da notícia preocupante de um amigo, que era dela e hoje é meu, estar adoentado e tristonho.

Gê, pra você, meu querido, a lembrança do sonho/sinal e a esperança: "Não desista!". Lembra?
Não sou em quem diz. Você sabe, eu só endosso.

Pra todos nós, o poema de Hilda.





Poemas aos Homens do nosso Tempo
de Hilda Hilst

Amada vida, minha morte demora.
Dizer que coisa ao homem,
Propor que viagem? Reis, ministros
E todos vós, políticos,
Que palavra além de ouro e treva
Fica em vossos ouvidos?
Além de vossa RAPACIDADE
O que sabeis
Da alma dos homens?
Ouro, conquista, lucro, logro
E os nossos ossos
E o sangue das gentes
E a vida dos homens
Entre os vossos dentes.

Júbilo Memória Noviciado da Paixão(1974)
Poemas aos Homens do nosso Tempo - II