Noite de vento, madrugada com chuva de folha e um cheiro de terra fresca vem de longe.
Um sono interminável na claridade crua da de manhã me pedia pra não desobedecer às palavras do meu sábio travesseiro. O corpo preguiçoso e quente. A cabeça ainda em sleep mode, a alma indisponível para qualquer assunto mundano. O coração achando tudo muito bom sussurrou no meu ouvido: Vai aonde? Fica!
Indolente, pedi só um chazinho na cama, nada mais.
Um sono interminável na claridade crua da de manhã me pedia pra não desobedecer às palavras do meu sábio travesseiro. O corpo preguiçoso e quente. A cabeça ainda em sleep mode, a alma indisponível para qualquer assunto mundano. O coração achando tudo muito bom sussurrou no meu ouvido: Vai aonde? Fica!
Indolente, pedi só um chazinho na cama, nada mais.
***
Tem uma hora em que eu preciso saber me ausentar.
Tem uma hora em que preciso sair da área de conflito.
Tem uma hora em que se torna necessária a ausência do que me traz dor.
Tem uns dias em que é necessário ter silêncio e paz de espírito.
Tem uns dias em que eu preciso estar só.
Porque minha vida não pode ser monocromática, monótona, mesmo no pior sentido.
Porque eu não agüento padecer o tempo inteiro.
Porque eu tenho que cantar.
E ter poesia.
***
“Para minha alma enferma, qualquer bagatela parece o prólogo de algum desastre. Tão cheia de triste desconfiança está a culpa, que a si mesma se perde com medo de perder-se.”
(HAMLET – Shakespeare - Rainha Gertrudes, mãe de Hamlet, fala com Horácio e Ofélia. Ato Quarto. Cena V)
Ele mesmo, o coitadinho de alma escassa!
***
Virge, ando precisando tirar férias de tudo!
Inclusive e principalmente da minha autocomiseração.
E da minha intolerância com o meu sofrimento!
Quem for bom de contar piadas que venha me visitar!
E quem souber de um bom programa animadinho que me avise.
Porque tooodos os filmes engraçadinhos dos últimos tempos já estão reservados na locadora mais próxima.
Passa a pipoca?
***
E na hora de dormir ontem:
- Mãe, tô com medo.
- Medo do quê, Caio? Você está no seu quarto, com seu irmão, o abajurzinho aceso...
- Eu tenho medo é desse quarto, mãe. Aqui é muito “estanho”.
- Filho, esse sempre foi o seu quarto e você já tem 4 anos, tem que dormir ai mesmo, na sua caminha.
- Mãe, 4 anos não é nada! Os monstros vão até rir de mim quando “saberem” que eu tenho só 4 aninhos! E você sabia que meus amigos de 4 anos todos dormem na cama da mãe? Só eu que tenho que dormir abandonado?
- Caio, vamos parar de drama, meu amor. Eu tô aqui do lado e seu irmão na cama de cima, isso é dormir abandonado?
- Tá (pausa pra pensar de uns 5 minutos)...mas você nem tente me acordar que eu vou dormir até perder a aula amanhã, viu?
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