terça-feira, 20 de junho de 2006

O que me faz feliz... ou como alguém tão longe pode aquecer o meu coração

Olha o que eu ganheeeeeeeeeeeeiiiiiiiiii!

Da minha, da sua, da nossa Roma Dewey!!!

"Poema rapido pra Bela

Bela porque tem do novo
a surpresa e a alegria.
— Bela como a coisa nova
na prateleira até então vazia.
— Como qualquer coisa nova
inaugurando o seu dia.
— Ou como o caderno novo
quando a gente o principia.


— E bela porque com o novo
todo o velho contagia.
— Bela porque corrompe
com sangue novo a anemia.
— Infecciona a miséria
com vida nova e sadia.
— Com oásis, o deserto,
com ventos, a calmaria.

(safadamente adaptado de "Morte e vida severina",
o Auto de Natal Pernambucano de
João Cabral de Melo Neto)"

Minha querida,
eu disse 'pessoalmente' como me senti.
Pra falar do que eu pensei, não sei se vale a pena.
O poema é um pacote completo de elogios lindos e o seu post inteirinho caiu como uma luva. Apesar de continuar perguntado, não sei mesmo como responder e continuo achando bom demais me surpreender comigo... E com você e com os outros, tão espelhinhos e tão estranhinhos, ao mesmo tempo, o tempo todo.
Até porque, como dizem nosso parentes nordestinos: "Eu sou eu, jacaré é bicho d'água!"
hahahahahaha
'Brigada de verdade, do fundinho do meu coração.

ps: Amore, se eu te contar do jeito como 'iluminou' meu dia, minha cabeça e meu espírito, meu coração...e justamente hoje...ai ai. Além do siricotico plus, é óbvio!!!hahahaha


***

"Fragmentos, sim, mas não pedaços arruinados."

Minha mania de ler até jornal velho e rótulo de biscoito recheado me impede de descobrir a autoria dessa frase, mas isso não importa, na verdade. Eu fiquei com essa frase na cabeça, depois que a Roma escreveu tão bem sobre a impossibilidade de me definir completamente aqui. Nem mesmo sei se esse espaço serve à isso... mas me dei a tarefa de reler minhas coisas desde o comecinho e, talvez sirva, sim. Como tentativa, como esforço de reportagem, como uma maneira de, depois, conseguir localizar no tempo como e quem eu sou ou fui. Onde eu vivia, com quem por perto. Como eram as influências do meio, o que estava acontecendo na minha vida.

E cheguei à definição de um diário virtual. Não é isso?

Não. Não é. Mas se não é, eu caio na velha discussão 'pra que serve um blog' e coisa e tal. E não é isso tb. O ponto é o que fica de mim aqui. O que eu vejo em mim, o que eu deixo de mim pros outros.

São esses fragmentos, que eu não estranho, pois me acostumei a tê-los, vê-los, recebê-los e mostrá-los. Assim, pedacinhos de mim. Que não perderam a utilidade, não deixaram de ser. Não são estilhaços inúteis, não.

São pecinhas de um grande quebra-cabeça que eu mesma ainda não dei conta de montar. E acho tão bom que isso estimule mais alguém a tentar!

Fico feliz em ter vocês aqui, que me olham assim, como eu desde o princípio avisei que seria, em pequenos pedaços coloridos: caleidoscopicamente.


Rominha, mais uma vez, Merci!!!!