segunda-feira, 31 de julho de 2006

Ausência, distância & afins

A gente sabe que todo mundo que vem, vai, nessa vida, mas sempre é tão difícil comprovar essa teoria. É sempre tão doído. Eu já vivi muitas ausências e não me acostumo com elas.

É como se fosse preciso uma grande ruptura pra que a ida se transforme em alívio. Ou um grande trauma, seguido de grande desilusão e dor, pra só depois sentir a leveza por alguém que vai. Como se o que acabou fosse mesmo o desfecho ideal, o desejado. Como se o afastamento fosse o que se almejava. Mas nem sempre é.
Quase nunca é.

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Brasília é uma cidade diferente das demais. Não acontece aqui a mistura de classes da mesma forma que outras cidades vivem, o que confere a alguns habitantes da capital certa alienação. Aqui, só se vê o pedinte, o mendigo, ou mesmo o morador do subúrbio, em épocas muito especiais, como esta.

No Natal ou nessa época de campanha, eles surgem no meio da cidade, em todos os sinais, no comércio, nas portas de hospitais e farmácias, nos bares e restaurantes, nos supermercados e feiras. E essa elite tão poupada, cotidianamente, desse convívio, reage das formas mais absurdas que se possa imaginar.

Isso é, além de assustador, decepcionante, chocante e avassalador. E, muitas vezes, é numa reação impensada que alguém que pouco se conhece se mostra. Foi isso que aconteceu comigo ontem.

Na minha lista, condenei a criatura ao ostracismo. Não quero ter o desprazer de acenar pra esse sujeito novamente. Me fará um enorme favor se fingir que jamais me viu. E ele soube disso, pela minha boca.

Francamente, que Cabecinha de Cocô, vou te contar!

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Olha, não faço link pra semanários porque não vou ajudar a encher os bolsos desse sujeitos que andam praticando essa coisa chamada 'new journalism', que além de não ter lead, não tem naaaada de ética. Portanto, se quiserem ler o artigo sobre Blogs que saiu numa dessas revistas, ontem, façam-me o favor de entrar pela porta certa: PENSAR ENLOUQUECE.
Na minha modesta opinião, a melhor que eu já li sobre o assunto, até agora.

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Bão, conversa difícil tem sido a minha expertise nos últimos tempos (embora em algumas eu tenha ficado absolutamente sem resposta) e sabe do que eu sinto uma saudade danada, nessa horas?
- daqueles papos mais imbecis-idiotas-engraçados-bobos-pastelões
- das crises de riso
- dos olhares cúmplices
- ...e dos silêncios.

Eu só queria saber se isso um dia volta.