domingo, 11 de fevereiro de 2007

Foi vc que disse, mas fui eu que falei...e vice-versa

Eu sou falante (hahahaha, né, Lu?!), tagarelinha da estrela mesmo. Sou articulada, cheia de argumentos, adooro um bom papo, adoroooo falar bobagem idem idem.
Se eu fico indignada, eu falo. Se eu fico contrariada, eu falo. Se eu tô feliz da vida, eu falo e canto.

Eu só perco as palavras quando fico muito triste. E elas me abandonam quando eu tô muito confusa também. Ai entram as palavras alheias pra me ajudar. É que elas têm um atalho do ouvido pro meu coração, dos olhos pra minha alma... e falam por mim.


Ó pra isso, como diz o povo na terra que eu mais amo:



You could say I lost my faith in science and progress
... my belief in the holy church
... my sense of direction
You could say all of this and worse but
If I ever lose my faith in you
There'd be nothing left for me to do. (Sting)



Silêncio nunca foi consentimento.
Silêncio é protesto quando o tempo é pouco para falar o quanto sente.
Eu sinto muito.
Deveras, diria meu pai, deveras. (Ella)


Dentro de mim, existe um Espaço Sagrado onde guardo minhas preciosidades.
Às vezes faço uma faxina lá e mudo tudo de lugar.
Não é por maldade, é só vontade de ver um outro ângulo das coisas. Eu não gosto do olhar acostumado.
Não gosto de ver um objeto num objeto, porque tudo pra mim tem entidade humana.
E gente me tira o fôlego, vejo belezas demais quando amo, e amo sempre e tanto.
Às vezes eu desapareço mesmo, porque fico tão cansada.
Fico tão cansada daquele cenário.Fico tão cansada daquele amor.
Tão absurdada pelas coisas, me exaspero.
Sempre é tanto.
É que vivo num derramamento espesso de sentimento.
Aí eu mudo o foco que é pra não cansar o outro também.
Ou, às vezes eu não quero cuidar da ferida de ninguém, tão cansada que fico.
Ou aquela alegria dele merece ser comemorada com outras pessoas porque estou no meu momento pleno de esvaziamento em que até a sedução me cansa.
E só a solitude pode me acalmar.
Por isso tão pouco escrevo. (Perdoe a carta não respondida).
Por isso durmo antes do sono.
Por isso, às vezes, tudo tão esquisito e ausente em mim.

Não sou sempre flor.
Às vezes espinho me define tão melhor.
Mas eu só espeto o dedo de quem acha que me tem nas mãos. (Minha Marlarida preferida!)