sábado, 3 de junho de 2006

Sábado Solar

"Dia de luz, festa de sol"
...nada como um sábado assim depois da tempestade!



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Peguei meu filho caçula ontem no meio de uma discussão sobre Deus. Exaltado, ele falava alto e gesticulava muito, irritado mesmo.
Uma criatura de 4 aninhos...ai ai.
A primeira frase que eu peguei foi: “Se Deus não existisse, você não tinha nem nascido”. Pra, em seguida, completar: “Pára de falar essas coisas. Deus não é mal, não é bandido, não faz mal pra gente, não. Ele é legal e carinhoso e gigantesco* e azulzinho.”
*Carinhoso pra ele é tudo que é macio e confortável, como uma roupa de bebê, uma blusa de frio com pelinhos ou um edredon. É esse o adjetivo que ele elegeu pra essas coisas.
E ele não fala pequeno nem grande, mas gigantesco e minúsculo!
Óia a audácia da pilombeta!

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Ó, o povo tá que me pede opinião sobre o Código da Vinci, o filme.
Nem sei mais o que dizer...

É que Pandorinha é muito mais douda do que a cabecinha dos muy bien pagos produtores de Hollywood.

É entretenimento, ficção, é bem feitinho, pra quem não leu.
Pra quem leu, o filme perde em cenário, em figurino (a roupitcha da francesinha e ela-mesma- em-si são a coisa mais sem graça do planeta!), em trilha sonora, em argumento.
Anfan, os caras não criaram nada demais.
Basta sair com uma câmera pela Europa que vc acha as locações todas. Inclusive, filmar em Paris e Londres não é nenhuma façanha pra um diretor de fotografia razoável. Com exceção das cenas de antigamente que devem ter dado um trabalhinho...tá, eu admito.
E cá pra nós, o Langdon merecia um atorzinho com mais sal, sex appeal e tals (e sem aquela chapinha, FOR GOD SAKE!) ou eu que erotizei por conta própria?
Mas tem ele, o Mckellen, arrasando, as usual, como vilão!

Eu normalmente gosto muito dos vilões. Deve ser minha queda por bad boys.
Só se salva o herói mais lindo dos últimos tempos: Wolverine. Uh lala!
Esse eu ainda vou ver.
Bora?

Ah, era do Código que eu tava falando, né?
Então...
Leu o livro? O filme é razoável.
Vc não leu? É bom...zinho.
Levando-se em conta as duas questões, é medíocre.

***

Um amigo disse que eu sou careta (no sentido entorpecente da palavra) porque eu não consigo me cansar das minhas personagens internas, que meu discurso interior não tem uma só voz, mas duzentas. Daí, não preciso de nada pra mudar o canal. Não há monotonia na minha cabeça (Pandorinha, lembra?).

Eu emudeci (externamente, eu quero dizer). O complicado é conseguir calar todas elas ao mesmo tempo.

Eu digo, em minha defesa (porque ser careta carece de explicação!), que o meu casting particular é animadíssimo e nunca me deixa só. Além é claro de um Hitchhiking básico que rola.

Mas eu tô instalando uma tecla MUTE.
Testes iniciais têm surtido efeito.

E depois do silêncio...Quem sabe se aos 40 eu não viro doidona?!
hahahahahaha
Não perca as esperanças Viking Boy!