quinta-feira, 1 de março de 2007

Post de 2005 ou mediunidade a la "Manoel Carlos"

Ciúme daquele que cega o tempo esfria.
Desejo que queima sem chama o tempo gela.
Carinho daquele que ama o tempo afia.
Namoro que sempre se entrega o tempo sela.
Desprezo gratuito com a gente o tempo muda.
Distância de quem só se guarda o tempo estreita.
Amor de quem não se acovarda o tempo ajuda.
Destino de quem vai em frente o tempo ajeita.
Saudade que é mais dolorida o tempo embala.
Tristeza que chega a dar medo o tempo afasta.
No amor nada fica em segredo, o tempo fala.
Pra todos os males da vida o tempo basta.

("Temporário"de Paulo Cesar Pinheiro)