O tempo é essa coisa estranha.
O tempo transforma tudo.
Faz o que era deixar de ser,
Muda o que é p'ro que jamais deveria ter sido,
O que poderia ser, pra já é
E o que foi vai ficando cada dia mais nebuloso.
Vai perdendo cor, vai ganhando sépia.
Vai perdendo brilho,
Vai sumindo,
Longe,
Longe,
Longe...
Como aquela luzinha lá por cima do morro,
Que de tão distante é indefinível.
É só luz.
***
Lembrei de uma poesia do Vinícius que é uma das minhas eleitas.
Tá no topo do meu pódium.
E não podia ser mais apropriada.
Chama-se "O Haver", de 1962.
***
Agora chega de brincar de não domir.
Tô de altas!
Sou café com leite!
Não quero mais brincar disso, não...
Morfeu, meu amor,
me acolha, me guarde, me prenda.
Bons sonhos pr'ocês.
|